A epifania thanática do eu

perversão como registro social em O cobrador, de Rubem Fonseca

Autores

  • Frederico de Lima Silva Universidade Federal da Paraíba https://orcid.org/0000-0002-0603-7635
  • Hermano de França Rodrigues Universidade Federal da Paraíba
  • Matheus Pereira de Freitas Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2237-0900.2022v18.65265

Resumo

O objetivo do presente artigo é viabilizar uma reflexão em torno da perversão em sua relação com as manifestações da violência/criminalidade, de modo a favorecer uma observação do fenômeno da perversão para além do seu aspecto exclusivamente estrutural, demonstrando-o como um mecanismo amplo, o qual se relaciona intrinsecamente com a cultura, sobretudo enquanto sintoma social, haja vista não operar apenas no âmbito particular de cada indivíduo, mas também enquanto expressão social. Tendo como baldrame teórico a perspectiva psicanalítica, que compreende a perversão como uma expressão da subjetividade humana, buscaremos analisar os porquês dos atos de violência impetrados pelo protagonista do conto O cobrador, do escritor Rubem Fonseca, de modo a demonstrar como seus personagens proporcionam um vislumbre da violência como forma de recusa da castração, de resposta ao mal-estar que opera sobre todos nós, mas de forma mais flageladora em relação àqueles que se encontram à margem no cenário social.

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Biografia do Autor

Frederico de Lima Silva, Universidade Federal da Paraíba

Doutorando e Mestre em Letras (Literatura, Teoria e Crítica) pela Universidade Federal da Paraíba. Especialista em Teoria Psicanalítica pela União Brasileira de Faculdades. Membro do Grupo de Pesquisa em Literatura, Gênero e Psicanálise (LIGEPSI-UFPB).

Hermano de França Rodrigues, Universidade Federal da Paraíba

Possui Graduação, Mestrado e Doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba. Professor Associado I, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (UFPB) e do Programa de Pós-Graduação em Letras (UFPB). Realizou Estágio de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal de Pernambuco - PROPESQ/UFPE, na área de Análise do Discurso, sob a supervisão da Profª. Dr.ª Maria Virgínia Leal. Especialista em Psicanálise: Teoria e Prática, pelo Espaço Psicanalítico - EPSI, com monografia orientada pela Prof.ª Dr.ª Maria Neuma Carvalho de Barros. Tem experiência na área de Literatura, Psicanálise e Psicologia Analítica, com ênfase em Cultura, Arte e Processos de Subjetivação. Desenvolve estudos sobre: a) Literatura Erótica/Pornográfica; b) Corpo, Sexo e Sexualidades; c) Literatura e Psicopatologia d) Literatura e Processos Criativos; e) e Literatura e Territorialidades arquetípicas.

Matheus Pereira de Freitas, Universidade Federal da Paraíba

Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Brasileira e Estrangeira; É membro do Grupo de Pesquisa LIGEPSI, atualmente, é mestrando do Programa de Pós Graduação em Letras, fazendo parte da linha Poéticas da Subjetividade, na UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, na qual se formou em Licenciatura na área de Letras-Português. Realiza pesquisas em Literatura e Psicanálise, a partir da estética fantástica e seus desdobramentos no século XX e XXI.

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Publicado

2022-12-16

Como Citar

SILVA, F. de L.; RODRIGUES, H. de F. .; FREITAS, M. P. de . A epifania thanática do eu: perversão como registro social em O cobrador, de Rubem Fonseca. DLCV, João Pessoa, PB, v. 18, p. e0220012, 2022. DOI: 10.22478/ufpb.2237-0900.2022v18.65265. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/dclv/article/view/65265. Acesso em: 23 dez. 2024.