A ceia infecta das mariposas
o dulçor ácido da obsessão propaga-se, fetidamente, n'A casa de açúcar, de Silvina Ocampo
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2237-0900.2024v20.65791Resumo
: Desapegado das amarras devastadoras de seu próprio corpo, nos sortilégios maledicentes dos primeiros tempos, o pequeno infante dardeja suas relações objetais a partir da fragmentação e incorporação de seu frágil Ego. Desse modo, o bebê intenta, imperiosamente, colorir o mundo interno e externo que o (des)ampara, deixando à mercê seu próprio ser. Assim, frente a esse complexo mecanismo de defesa, ostensiva espada de dois gumes, cônscios dos poderes dissociativos e dominadores da criança, vislumbramos a elaborada obra de Silvina Ocampo (1982), em seu conto A casa de açúcar, invoca os estertores arcaicos da primeira infância. Nesse sentido, orquestram-se as calendas viscerais da fantasia e da psicose que, ao embarcarem nas estruturas narratológicas do fantástico, permitem uma fiel e singular tradução das intempéries primitivas da infância. Portanto, utilizando-nos dos aparatos teóricos da psicanálise (pós)freudiana, sobretudo os escritos kleinianos, para analisarmos a personagem ocampiana.
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