VAN FRAASSEN E A INFERÊNCIA DA MELHOR EXPLICAÇÃO

Authors

  • Debora Domingas Minikoski Estado do Paraná
  • Marcos Rodrigues da Silva UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v7i1.28034

Keywords:

inferência da melhor explicação, realismo científico, Bas van Fraassen.

Abstract

Construído de modo a estabelecer uma justificativa epistemológica para a crença na verdade de teorias cientificas bem sucedidas, bem como para a legitimação das inferências científicas de entidades inobserváveis, o argumento realista da inferência da melhor explicação recebeu diversas críticas. Dentre elas destaca-se a crítica do filósofo empirista Bas van Fraassen, que não considera que o argumento forneça o suporte filosófico desejado pelos realistas, e portanto a crença suscitada por uma teoria científica bem sucedida deve se limitar aos seus aspectos observáveis. Para realistas, a crítica de van Fraassen, por estar baseada em sua concepção empirista, não tira do argumento suas virtudes epistemológicas. Contudo, argumentaremos neste artigo, a crítica de van Fraassen ao argumento da inferência da melhor explicação possui três dimensões distintas e portanto não se baseia somente em sua concepção empirista.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Debora Domingas Minikoski, Estado do Paraná

Professora da rede Estadual de Ensino do Paraná. Mestranda em Filosofia pela Universidade Estadual de Londrina

Marcos Rodrigues da Silva, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina. Área de especialidade: filosofia da ciência.

References

BIRD, Alexander. Inferência da Única Explicação. Cognitio, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 359-374, 2014.

BUENO, Otávio. O Empirismo Construtivo: uma reformulação e defesa. Campinas: Unicamp, 1999.

CHIHARA, Charles; CHIHARA, Carol. A Biological Objection to Constructive Empiricism. British Journal for the Philosophy of Science, Oxford, v. 44 p. 653-658, 1993.

DEVITT, Michael. Realism and Truth. (Segunda Edição). Princeton: Princeton University Press, 1997.

FRANKLIN, Allan. There are no Antirealists in the Laboratory. In: COHEN, R.S.; HILPINEN, R.; RENZONG, Q. (Org.) Realism and Anti-Realism in the Philosophy of Science, 1996, p. 131-148.

HARMAN, Gilbert. The Inference to the best Explanation. Philosophical Review, Durham, 74, p. 88-95, 1965.

LIPTON, Peter. O melhor é bom o suficiente? Princípios, Natal, vol. 17, n. 27, p. 313-329, 2010.

NEWTON-SMITH, WILLIAM. Berkeley’s Philosophy of Science. In: FOSTER, J.; ROBINSON, H. (Org.). Essays on Berkeley. Oxford: Clarendon Press, 1985, p. 149-161.

PSILLOS, Stathis. Scientific realism: how science tracks truth. London: Routledge, 1999.

_______________ Sobre a crítica de van Fraassen ao raciocínio abdutivo. Revista Crítica, Londrina, v.6, n. 21, p. 35-62, 2000.

SMART, J.J.C. Philosophy and Scientific Realism. London: Routledge, 1963.

STANFORD, Kyle. Exceeding our grasp: Science, history and the problem of unconceived theories. Oxford: Oxford University Press, 2006.

THAGARD, Paul. The Best Explanation: Criteria for Theory Choice. The Journal of Philosophy, New Yor, v. LXXV, n. 2, p. 76-92, 1978.

VAN FRAASSEN, Bas. A imagem científica. São Paulo: UNESP, 2007.

____________________ Laws and Symmetry. Oxford: Oxford University Press, 1989.

VOLLMER, S. Two Kinds of Observation: Why van Fraassen Was Right to Make a Distinction, but Made the Wrong One. Philosophy of Science, Chicago, v. 67, n. 3, p. 355-365, 2000.

Published

2016-07-11

Issue

Section

Papers