Presentificando passados na aula de história
algumas reflexões sobre o ensino de história no pós-pandemia
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2024v29n50.69255Palabras clave:
Presentificação do passado, Ensino de História, Pandemia, Autoria Partilhada, Maria Firmina dos ReisResumen
O presente texto se propõe a refletir sobre formas de presentificação do passado na aula de história, fazendo-o a partir de uma experiência de ensino do (a) autor (a) desenvolvida em uma escola pública com turmas do ensino fundamental. O projeto de ensino “Tu? Tu, livre!” abordou a vida de Maria Firmina dos Reis e uma de suas obras literárias, Úrsula, de 1859, considerado o primeiro romance afro-brasileiro abolicionista. O texto discute os significados de presentificar o passado na aula de história, relacionando-o à questão do ensino de história. Aponta a existência de um novo panorama no ensino de história, marcado pela centralidade da educação das relações étnico-raciais, a emergência dos revisionismos/negacionismos e os efeitos da pandemia sobre a aprendizagem, mais particularmente, no letramento histórico. Por fim, defende-se que o projeto supracitado evidenciou a possibilidade de ampliação do entendimento das formas de presentificação do passado, ao recuperar conteúdos historicamente silenciados, mobilizar formas de leitura praticadas no século XIX e experiências do (a) autor (a) como leitor (a) e demandas do mundo contemporâneo como a inclusão do público surdo-mudo, abrindo novas trincheiras para tornar a aula de história espaço de construção e revisão constantes de sentido.
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