O ENSINO DA HISTÓRIA E A INVISIBILIDADE DA MULHER
Resumo
Embora a historiografia oficial as tenha esquecido, as mulheres nunca estiveram ausentes da história. Não se trata agora de agregá-las ao ensino dessa disciplina como um elemento que foi esquecido. O gênero como categoria de análise altera as inter-relações, introduzindo os conceitos do heterogêneo e do plural na complexidade das significações da experiência humana, o que vai exigir profundas alterações na forma como nós educamos. A análise de várias formas do ensino da história em sala de aula manifesta uma desigual presença de mulheres e homens nas imagens e nos textos. O que consideramos mais complexo, é a presença de linguagens, de discursos e imagens que se apresentam como neutros, se convertendo em instrumentos sexistas e masculinizantes na pedagogia em sala de aula. Estes elementos têm contribuído para que as mulheres no dizer de Michelle Perrot "continuem escondidas na história". Neste texto discuto as perspectivas da inclusão de uma ótica feminina no sistema educacional. Destaco as estratégias discriminatórias pelas quais a mulheres tem dificuldade de acesso ao sistema educacional de forma geral e de certas carreiras educacionais em particular; os preconceitos em relação a seu cultivo de determinadas disciplinas, o tratamento discriminatório que tende a favorecer os homens na relação e na interação de sala de aula entre professor/a e estudantes, bem como os estereótipos em relação a papéis sexuais predominantes em materiais didáticos e livros-texto.Downloads
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Publicado
2006-06-20
Como Citar
TEDESCHI, L. A. O ENSINO DA HISTÓRIA E A INVISIBILIDADE DA MULHER. Revista Ártemis, [S. l.], n. 4, 2006. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/2100. Acesso em: 22 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos