Maternidade, culpa e ruminação em tempos digitais

Autores

  • Ana Luiza de Figueiredo Souza Universidade Federal Fluminense (UFF).

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2018v25n1.37640

Resumo

Desde o século XVIII, o sentimento de culpa esteve tão atrelado à maternidade quanto os ideais de dedicação e amor. Recentemente, discussões sobre ela têm aumentado, sobretudo nos sites de redes sociais. São debates que buscam, entre outros objetivos, repensar valores tradicionalmente associados à atividade materna. O artigo explora as modificações históricas e subjetivas que permitiram que mulheres falassem sobre uma questão íntima (a maternidade) em um ambiente compartilhado. Para isso, analisa alguns comentários feitos por mães no site de rede social Facebook sobre suas vivências maternas, tomando por base os conceitos de ruminação de Nietzsche (século XIX) e de culpa de Freud (século XX). Ao acionar dois dos mais influentes pensadores modernos para refletir sobre manifestações contemporâneas, percebese que os discursos produzidos pelas mães procuram se afastar do sentimento de culpa materna, em um processo que se aproxima do que Nietzsche classifica como ruminação das experiências.

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Biografia do Autor

Ana Luiza de Figueiredo Souza, Universidade Federal Fluminense (UFF).

Bacharel em Publicidade e Propaganda pela UFRJ. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFF. Bolsista Capes. Atua como redatora publicitária, revisora e produtora de conteúdo. Autora do livro infantil "O Mirabolante Doutor Rocambole", finalista do Prêmio Off Flip de Literatura.

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Publicado

2018-08-01

Como Citar

SOUZA, A. L. de F. Maternidade, culpa e ruminação em tempos digitais. Revista Ártemis, [S. l.], v. 25, n. 1, p. 89–112, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2018v25n1.37640. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/37640. Acesso em: 16 abr. 2024.