Maternidade, culpa e ruminação em tempos digitais
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2018v25n1.37640Resumo
Desde o século XVIII, o sentimento de culpa esteve tão atrelado à maternidade quanto os ideais de dedicação e amor. Recentemente, discussões sobre ela têm aumentado, sobretudo nos sites de redes sociais. São debates que buscam, entre outros objetivos, repensar valores tradicionalmente associados à atividade materna. O artigo explora as modificações históricas e subjetivas que permitiram que mulheres falassem sobre uma questão íntima (a maternidade) em um ambiente compartilhado. Para isso, analisa alguns comentários feitos por mães no site de rede social Facebook sobre suas vivências maternas, tomando por base os conceitos de ruminação de Nietzsche (século XIX) e de culpa de Freud (século XX). Ao acionar dois dos mais influentes pensadores modernos para refletir sobre manifestações contemporâneas, percebese que os discursos produzidos pelas mães procuram se afastar do sentimento de culpa materna, em um processo que se aproxima do que Nietzsche classifica como ruminação das experiências.Downloads
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Publicado
2018-08-01
Como Citar
SOUZA, A. L. de F. Maternidade, culpa e ruminação em tempos digitais. Revista Ártemis, [S. l.], v. 25, n. 1, p. 89–112, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2018v25n1.37640. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/37640. Acesso em: 22 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos