Corpo materno e resistência em Butterfly burning, de Yvonne Vera
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2017v24n1.37730Resumo
O presente artigo objetiva analisar a representação da personagem Phephelaphi, do romance Butterfly Burning, da escritora zimbabuense Yvonne Vera (1965-2005), sob a ótica das perspectivas teóricas feministas da maternidade e do corpo feminino. Para tanto, alinho o debate dos feminismos ocidental e fora do ocidente para ampliar as discussões sobre o corpo subalterno (Spivak, 1988) que, no caso específico da obra em questão, entra em um embate direto com o patriarcado e o sistema gendrado excludente do Zimbabue. Nosso principal argumento é o de que, ao representar suas personagens femininas como mulheres que se negam ao apagamento e às expectativas culturais imposta pelo meio que as circunda, Yvonne Vera problematiza a percepção monolítica da maternidade como único destino desejado pelas mulheres no contexto africano; Assim, ao construir personagens cuja visão, contrária à norma social de abnegação e felicidade plenas, Vera representa uma tentativa de dar voz e agenciamento a essas mulheres.Downloads
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Publicado
2018-01-12
Como Citar
MENDES, M. E. P. S. M. Corpo materno e resistência em Butterfly burning, de Yvonne Vera. Revista Ártemis, [S. l.], v. 24, n. 1, p. 29–35, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2017v24n1.37730. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/37730. Acesso em: 23 dez. 2024.
Edição
Seção
Corpos recortados: gênero, raça e sexualidade e suas intersecções na literatura