Ecocrítica e ecofeminismo: uma leitura do conto “A porca”

Autores

  • Renata K. da Rocha Universidade Estadual de Maringá (UEM/Brasil)
  • Alba K. T. Feldman Universidade Estadual de Maringá (UEM/Brasil)
  • Marisa C. Silva Universidade Estadual de Maringá (UEM/Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2020v29n1.52532

Palavras-chave:

Natureza, Ecocrítica, Ecofeminismo, Análise literária

Resumo

Este artigo objetiva uma análise literária do conto “A porca”, de Tânia Jamardo Faillace (2000), publicado em 1976, para compreender os sentidos produzidos pela representação do mundo físico natural, bem como do animal não humano versus a animal humana mulher. Para tanto, são contextualizados o texto literário, a autora e sua obra, além de esclarecidos os conceitos Ecocrítica e Ecofeminismo, conforme Glotfelty (1996) e Feldman (2015) respectivamente, os quais embasam a leitura do conto. A partir disso, é analisado o espaço físico natural presente na narrativa; em seguida, são averiguadas as relações simbólicas construídas entre a porca e a mãe. É verificado, portanto, que esses elementos atuam como códigos de representação da humanidade, resultantes de um dualismo antropocêntrico entre humano e natureza: uma ideologia que alimenta crenças e práticas antiecológicas, além de autorizar uma lógica de dominação, entre o homem e a mulher, opressores e oprimidos, humanos e não humanos.

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Biografia do Autor

Renata K. da Rocha, Universidade Estadual de Maringá (UEM/Brasil)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Letras (2019), na Universidade Estadual de Maringá (Bolsista/CAPES).

Alba K. T. Feldman, Universidade Estadual de Maringá (UEM/Brasil)

Possui graduação em Letras Inglês/Português pela Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (1992) e mestrado em Letras - Estudos Literários pela Universidade Estadual de Maringá (2006). Doutorado em Letras na UNESP, de São José do Rio Preto (2010), e complementação na Louisville University (2009), nos Estados Unidos. Pós-Doutorado em Letras na Universidade Estadual de Londrina e em SFU - Simon Fraser University (Canadá). Atualmente é docente da Universidade Estadual de Maringá (PR). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: pós-colonialismo, lendas, escrita de autoria feminina, multiculturalismo.

Marisa C. Silva, Universidade Estadual de Maringá (UEM/Brasil)

Fez graduação em Letras pela Universidade Estadual de Campinas, mestrado em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (orientada por Nelyse A. M. Salzedas) e doutorado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (orientada por Suely F. V. Flory e co-orientada por Carlos Reis durante semestre em Coimbra). Tem pós-doutorado na Rutgers - the State University of New Jersey (com Phillip Rothwell, atualmente em Oxford). Hoje é professora associada no Departamento de Teorias Línguísticas e Literárias (DTL) da Universidade Estadual de Maringá. Sua experiência na área de Letras inclui as Literaturas brasileira e portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Helder Macedo, narrativa contemporânea, teoria do romance, personagem feminina. Também tem publicações contemplando Teoria Literária, poesia e leituras intersemióticas. É pioneira no Brasil na aplicação sistemática do materialismo lacaniano de Slavoj Žižek e de Alain Badiou na análise literária, bem como no desenvolvimento de metodologia para efetuar tal aplicação, publicando sobre o tema desde 2009. Atualmente, é vice-presidente da ANPOLL (gestão 2018-2020).

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Publicado

2020-07-17

Como Citar

ROCHA, R. K. da; FELDMAN, A. K. T.; SILVA, M. C. Ecocrítica e ecofeminismo: uma leitura do conto “A porca”. Revista Ártemis, [S. l.], v. 29, n. 1, p. 30–45, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2020v29n1.52532. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/52532. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê literatura e ecologia: vozes feministas e interseccionais