Gênero como forma de vir a ser: uma análise do livro A ciência jurídica e seus dois maridos frente à edificação de um pensar complexo no direito
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2021v31n1.54351Palavras-chave:
Gênero. Complexidade. Castração. Surrealismo. Ambivalência.Resumo
No presente estudo, através da imaginação literária, convida-se o leitor a um pensar complexo no Direito. Assim, gênero em um viés simplista/dicotômico deriva da poda de um desejo, de um devir castrado por uma ideologia cartesiana, de uma racionalidade centrada, logocêntrica. A castração como personificação das podas das subjetividades, plenifica o indivíduo a partir de suas certezas. A visão de gênero como vir a ser abre a perspectiva do vazio, do abrir-se a novas perspectivas do vir a ser complexo e paradoxal. Desse modo, a partir de uma abordagem complexo-paradoxal se problematiza as ambiguidades que são inerentes ao ser. Em outras palavras, como vamos falar sobre democracia se a linguagem castra seu devir ambivalente? Esta questão apresenta-se central na imaginação literária ao se pensar o Direito numa lógica surrealista na perspectiva de Luis Alberto Warat.