A voz narrativa de Lília Momplé: um marco de referência no feminismo moçambicano

Autores

  • Ezra Alberto Chambal Nhampoca Universidade Eduardo Mondlane
  • Roselete Fagundes de Aviz Universidade Fedreal de Santa Catarina - UFSC

Resumo

O cânone da literatura moçambicana é constituído, majoritariamente, por homens, o que significa que a representação dominante da mulher moçambicana é uma construção masculina. Esse cânone é marcado, ainda, como em outros países do continente africano, pelas resistências anticoloniais dos períodos das independências, quando os projetos nacionalistas, de cunho patriarcal, construíram, para as mulheres, uma posição subalterna na idealização da Mãe África ou da Mulher como corporização simbólica da nação (MARTINS, 2011). Junto a esse fenômeno, conforme a autora, “junta-se outra constatação: a do feminismo ocidental, cuja universalização é denunciada como uma prática colonial exercida sobre as mulheres negras do Sul.” A literatura de mulheres africanas é um dos lugares em que se pode debater os feminismos a partir da vida das mulheres nesses contextos. Assim sendo, este artigo tem como objetivo situar os feminismos em Moçambique para, assim, mostrar como a escrita de Lília Momplé constitui-se como uma voz poderosa ao expor a invisibilidade, marginalização e o silenciamento impostos às mulheres moçambicanas, tanto pela cultura ocidental como por escritores moçambicanos.

 

Palavras-chave: Feminismos em Moçambique. Literatura de mulheres. Lília Momplé.

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Publicado

2021-12-15

Como Citar

NHAMPOCA, E. A. C. .; DE AVIZ, R. F. A voz narrativa de Lília Momplé: um marco de referência no feminismo moçambicano. Revista Ártemis, [S. l.], v. 32, n. 1, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/60464. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Feminismos Africanos: conexões locais e globais