Tomar a palavra: mulheres, feminismos e fala pública

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1887-8214.2024v38n1.71430

Palavras-chave:

Mulheres, Feminismos, Fala pública, Resistência

Resumo

Nos últimos anos, em diversos países do mundo, assistimos à emergência de trabalhos que demonstraram a regularidade das práticas de silenciamento às quais estiveram – e ainda estão – submetidas as mulheres. São trabalhos que revelam o funcionamento histórico e sistemático de tais práticas, além de seus modos de atuação e da danosa naturalização de seus efeitos. Nesse cenário, o ensaio bibliográfico que apresentamos dedica-se a uma apresentação crítica do modo como os movimentos feministas problematizaram a fala das mulheres e, principalmente, agenciaram lugares de resistência às interdições que lhe foram impostas. Trata-se de um percurso que tem início no século XIX e que desagua em nossos dias, contemplando, conforme o pretendemos demonstrar, pelo menos três distintas reivindicações: primeiramente, a reivindicação do pleno exercício oratório das mulheres; na sequência, a reivindicação da oferta de um regime de escuta a tal exercício; e, por fim, a reivindicação da legitimidade daquilo que dizem as mulheres. Para tanto, o ensaio lança mão de uma vasta bibliografia feminista.

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Biografia do Autor

Amanda Braga, Universidade Federal da Paraíba

Professora Adjunta II do Departamento de Língua Portuguesa e Linguística e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal da Paraíba – Campus I. Possui Doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba com período co-tutelar na Universidade Federal de São Carlos (com bolsa CAPES), Mestrado em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (com bolsa FAPESP) e Graduação em Letras pela Universidade Federal da Paraíba. É coordenadora do Observatório do Discurso (UFPB) e do Grupo Interinstitucional de Estudos de Discursos e Resistências – GEDIR (UFPB/ UFU/ UFS/ USP/ UNICEP), além de integrante do Laboratório de Estudos do Discurso (UFSCar). Desenvolve pesquisas em Análise do Discurso francesa – mais particularmente aquela orientada pelos trabalhos de Michel Foucault e de Jean-Jacques Courtine –, em torno de temas que dizem respeito às lutas antiautoritárias dos grupos minoritários (em especial aqueles que sofrem um recorte de raça e de gênero). É autora de diversos artigos científicos e capítulos de livros, bem como do livro "História da beleza negra no Brasil: discursos, corpos e práticas" (EdUFSCar, 2015), além de organizadora do livro “Por uma microfísica das resistências: Michel Foucault e as lutas antiautoritárias na contemporaneidade” (Pontes, 2020)..

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Publicado

2024-12-18

Como Citar

BRAGA, A. Tomar a palavra: mulheres, feminismos e fala pública. Revista Ártemis, [S. l.], v. 38, n. 1, p. 88–104, 2024. DOI: 10.22478/ufpb.1887-8214.2024v38n1.71430. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/71430. Acesso em: 19 dez. 2024.