hooks e a leitura crítica do mundo pelas lentes da cultura
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1887-8214.2024v38n1.72537Palavras-chave:
bell hooks, Cultura, Pensamento insurgente, Pensamento feminista negroResumo
Ler o mundo e ler a realidade pode parecer um processo assustador e traumático, embora necessário se desejamos transformações sociais efetivas. Com uma atenção profunda às implicações que as intersecções de raça, gênero e classe imprimiam na sua experiência, bell hooks se engaja neste processo teórico e analítico, com desejo de inventar uma forma de sobreviver às opressões que lhe são impostas e comunicar-se com audiências abrangentes (hooks, 2015). Neste artigo, para além de reconhecer a marca feminista do legado de hooks, observamos a criação de sua voz-escrita de em relação com a cultura popular, sempre referenciada em seus textos. Para alimentar o exercício de pensamento, a pensadora propõe que se recorra à cultura, em conversa e contato com a sua influência nas pessoas que habitam as margens, como canal de temas e discursos que precisam de reflexão com vistas à transformação de uma sociedade que, apesar de anti-intelectual, se vê necessitada da escrita e pensamento insurgentes.