Estimativas de biomassa aérea e volume lenhoso de Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) em povoamento com 12 anos de idade
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2020v14n3.47229Resumo
Modelos matemáticos produzidos a partir de relações dendrométricas que usam o diâmetro à altura do peito (DAP) e a altura podem ser uma alternativa para estimar a biomassa e o volume lenhoso de indivíduos e de povoamentos florestais, sendo útil na gestão florestal. Assim, objetivamos ajustar modelos matemáticos para estimar a biomassa aérea úmida e o volume lenhoso de um povoamento de Sabiá. Para isso, fizemos a cubagem da biomassa aérea úmida e do volume à altura comercial e total. Utilizamos o DAP e as alturas como variáveis preditoras, conforme as exigências de cada modelo. A escolha do melhor modelo foi baseada no R2 ajustado, na normalidade dos resíduos, na sua distribuição gráfica e no erro-padrão da estimativa (Syx%). O modelo Biomassa = 7,134411743986 + 0,218501385492548*DAP2 foi o mais adequado aos dados ajustados.. Os modelos que forneceram os melhores ajustes para estimar o volume à altura comercial e altura total foram, respectivamente: V = 0,0042493278498619 + 0,0000322813042346465*(DAP2*Hcomercial) e V = 0,00404929514539746 + 0,0000278267926885885*(DAP2*Htotal). A altura foi uma variável que contribuiu para a melhoria dos modelos para estimar o volume, enquanto não produziu melhorias nos modelos para estimar a biomassa aérea úmida.
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