Elevada ingestão de microplásticos pela corvina: um indicativo da necessidade de redução do impacto antrópico costeiro

Autores

  • Bianca Oliveira Paiva Universidade Estadual Da Paraiba
  • Ana Karolyna Maia de Souza Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas, Universidade Estadual da Paraíba, Campus V, Cristo Redentor, 58070-450, João Pessoa, Paraíba, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4823-2463
  • Petrucia Lira Soares Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas, Universidade Estadual da Paraíba, Campus V, Cristo Redentor, 58070-450, João Pessoa, Paraíba, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4099-5124
  • Jicaury Roberta Pereira da Silva Campus Centro-Oeste Dona Lindu, Universidade Federal de São João Del-Rei, 35501-296, Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2151-3652
  • Ana Lúcia Vendel Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas, Universidade Estadual da Paraíba, Campus V, Cristo Redentor, 58070-450, João Pessoa, Paraíba, Brasil https://orcid.org/0000-0002-5631-2674

Resumo

O ecossistema aquático recebe resíduos sólidos através de efluentes domésticos, agrícolas e industriais, nele lançados sem tratamento. Eles sofrem fragmentação em microplásticos (MPs) e são conhecidamente ingeridos pela comunidade de peixes. Investigou-se aqui a ocorrência de MPs no trato gastrointestinal (TGI) de corvinas (Micropogonias furnieri) comercializadas em João Pessoa, Paraíba. No laboratório, os TGIs foram imersos em Peróxido de Hidrogênio a 30% (24h), método testado e considerado a melhor opção para degradação de matéria orgânica e quantificação mais precisa dos MPs. Foram analisados 100 TGIs de corvinas com 84% de prevalência de MPs. Ao todo, foram encontrados 562 MPs, revelando abundância média de 5,62 ± 6,08 MP/TGI com variação entre 0 e 31 por TGI. A amplitude de tamanho dos TGIs das corvinas foi 4,0 a 45,0 cm (17,5 ± 8,5 cm) e não houve correlação entre abundância de MPs e tamanho do TGIs (r=0,16; p>0,05). Como os microplásticos são potenciais vetores de distintas substâncias tóxicas, sua elevada prevalência e abundância reforçam a necessidade em reduzir o impacto antrópico no ambiente aquático, para melhorar a qualidade nutricional da corvina, que representa fonte de renda e amplo consumo para diversas famílias.

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Biografia do Autor

Ana Karolyna Maia de Souza, Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas, Universidade Estadual da Paraíba, Campus V, Cristo Redentor, 58070-450, João Pessoa, Paraíba, Brasil

Aquisição de dados, Análise e interpretação dos dados e aprovação da versão do manuscrito a ser publicado.

Petrucia Lira Soares, Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas, Universidade Estadual da Paraíba, Campus V, Cristo Redentor, 58070-450, João Pessoa, Paraíba, Brasil

Aquisição de dados, Análise e interpretação dos dados e aprovação da versão do manuscrito a ser publicado.

Jicaury Roberta Pereira da Silva, Campus Centro-Oeste Dona Lindu, Universidade Federal de São João Del-Rei, 35501-296, Divinópolis, Minas Gerais, Brasil.

Aquisição de dados, Análise e interpretação dos dados e aprovação da versão do manuscrito a ser publicado

Ana Lúcia Vendel, Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas, Universidade Estadual da Paraíba, Campus V, Cristo Redentor, 58070-450, João Pessoa, Paraíba, Brasil

Conceituação, Aquisição de dados, Análise e interpretação dos dados, Redação, Revisão e aprovação da versão do manuscrito a ser publicado

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Publicado

2022-01-29

Como Citar

OLIVEIRA PAIVA, B.; MAIA DE SOUZA, A. K. .; LIRA SOARES, P. .; PEREIRA DA SILVA, J. R. .; VENDEL, A. L. . Elevada ingestão de microplásticos pela corvina: um indicativo da necessidade de redução do impacto antrópico costeiro. Gaia Scientia, [S. l.], v. 15, n. 4, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/gaia/article/view/60649. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais