As Coisas e seus Agenciamentos no Universo dos Seringueiros no Romance “Dos Ditos Passados em Cassianã” de Paulo Jacob

Autores

  • Sônia Maria Neves Bittencourt de Sá

Resumo

Este ensaio é uma reflexão sobre os universos das coisas que cercam os seringueiros, de modo geral, nordestinos, na fazenda de Cassianã durante o ciclo auge da borracha, no Amazonas no final do século XIX e início do XX, e os estudos sobre a materialidade das coisas. A partir das narrativas dos personagens do romance de Paulo Jacob, particularmente, de Marcelino, se busca analisar como uma diversidade de coisas entre elas memórias e lembranças vão agenciando as dinâmicas das transformações que se operam na vida dos emigrantes nordestinos e tudo que então lhe era de alguma forma desconhecido. Foi feito um paralelo entre as reflexões dos personagens desta obra e a do personagem Markovic, no romance do Pintor de Batalhas de Arturo Pérez-Reverte, sobrevivente da guerra da Bósnia. Ambas as personagens travam uma luta contínua, para sobreviver, sendo suas falas impregnadas de observações e descrições sobre as forças econômicas e sociais, visíveis e invisíveis que moldam as diferentes coisas, paisagens e poder que vão se amolgando, particularmente, nos contextos de sobrevivência e escravidão. A construção deste ensaio teve como referências os textos de Andrew Jones em Memória e Cultura Material; Daniel Miller e sua obra Treco, Troços e Coisas e outros trabalhosde economia, de antropologia e filosofia. Neste sentido o próprio romance de Paulo Jacob é um dos objetos o qual me permite pensar: O que é o Homem afinal?

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Publicado

2016-08-25

Como Citar

SÁ, S. M. N. B. de. As Coisas e seus Agenciamentos no Universo dos Seringueiros no Romance “Dos Ditos Passados em Cassianã” de Paulo Jacob. Gaia Scientia, [S. l.], v. 10, n. 1, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/gaia/article/view/30364. Acesso em: 29 mar. 2024.