The representations of the romani in José de Alencar's fiction and in the Nineteenth-century press: fascination and marginalization

Authors

Keywords:

Eighteenth-century novel, theater, romani people, marginalization, fascination

Abstract

This paper investigates the ambiguous representations of Romani people in José de Alencar's production, focusing on the representations of this group in O Jesuíta (1875) and, above all, in the novel O Sertanejo (1875). These works inscribe in their plots the presence of other cultures and groups, besides those considered to form the Brazilian nation, which were present during the colonial period. The Romani appear in these works as a marginalized group whose representations are, on the one hand, shrouded in fascination, but on the other, laden with suspicions and reservations that make up an anti-Romani discourse. In effect, the way Romani people emerge in José de Alencar's universe — as mysterious and shrouded in a halo of suspicion — dialogues with images conveyed by the press of the time. The characteristics of this group are shared by the stereotypes disseminated and propagated in the pages of the 19th century Rio de Janeiro newspapers, which provide a frame of reference for typification. We propose studying the figure of the Romani in Alencar, starting from the reconstitution of a frame of reference fed both by the literary tradition and by the observed anti-Romani bias and its distant nuances disseminated in the press. 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Rafaela Mendes Mano Sanches, Universidade Estadual Paulista

Rafaela Mendes Mano Sanches realiza Estágio Pós-doutoral do Programa Nacional de Pós-doutorado/Capes (PNPD/CAPES), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Estadual Paulista, campus de São José de Rio Preto. Também realizou estágio de pós-doutoramento (PNPD/CAPES) na área de Estudos Literários da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no período de 2017 a 2019. Possui doutorado em Teoria e História Literária na área de História e Historiografia Literária pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

References

ALENCAR, José. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958.

ALENCAR, José. O jesuíta. In: ALENCAR, José. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958.

ALENCAR, José. O sertanejo. In: ALENCAR, José. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958.

ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Nova Fronteira, 2016.

CANDIDO, Antonio. Dialética da malandragem (caracterização das Memórias de um sargento de milícias). Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, n. 8, 1970, p. 67–89.

CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis, historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

DUMAS, Alexandre. O salteador. São Paulo: Saraiva, [19--].

FERRARI, Florencia. Um olhar oblíquo: contribuições para o imaginário ocidental sobre o cigano. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) — Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

FRANCO JÚNIOR, Hilário. O fogo de Prometeu e o espelho de Per¬seu: reflexões sobre mentalidade e imaginário. Signum, São Paulo, n. 5, p. 73–116, 2003.

GINZBURG, Carlo. História noturna - decifrando o sabá. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

GRAHAM, Maria. Diário de viagem ao Brasil e de uma estada nesse país durante parte dos anos de 1821, 1822 e 1823. São Paulo: Nacional, 1956.

GRANJA, Lúcia; ANDRIES, Lise (org.). Literaturas e escritas da imprensa: Brasil, França, século XIX. Campinas: Mercado de Letras, 2015.

HUGO, Victor. Notre-dame de Paris. São Paulo: Estação Liberdade, 2012.

KALIFA, Dominique.; RÉGNIER, Philippe; THÉRENTY, Marie-Ève; VAILLANT, Alain. (org.). La civilisation du jornal: Histoire culturelle et littéraire de la presse française au XIX siècle. Paris: Nouveau Monde, 2011.

MARTINS, Eduardo Vieira. O romancista e o vaqueiro: José de Alencar, leitor da poesia popular. Revista do CESP, v. 22, n. 31, p. 181–198, 2002.

MARTINS, Eduardo Viera. Observação e imaginação nas Cartas a Cincinato. In: XI congresso internacional da ABRALIC, 2008, São Paulo. Anais. Disponível em: https://abralic.org.br/eventos/cong2008/AnaisOnline/simposios/pdf/070/EDUARDO_MARTINS.pdf Acesso em: 20 de jan. 2011.

MELLO E SOUZA, Laura de. Inferno atlântico ⎯ demonologia e colonização séculos XVI–XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

MELLO MORAES FILHO, Alexandre. Os ciganos no Brasil & Cancioneiro dos ciganos. Belo Horizonte, Itatiaia, 1981.

MOONEN, Frans. A história esquecida dos ciganos no Brasil. Saeculum: Revista de História, João Pessoa, 1996.

PIERONI, Geraldo. Vadios e Ciganos, Heréticos e Bruxas: os degredados no Brasil Colônia. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil: Fundação Biblioteca Nacional, 2000.

ROMERO, Sílvio. Parnaso Sergipano. Aracaju: Tipografia do Estado de Sergipe, 1899.

SANCHES, Rafaela Mendes Mano. As minas de prata e os aspectos da nacionalidade no projeto literário de José de Alencar: a ficcionalização da história e seus diálogos com o presente (Doutorado em Teoria e História Literária) – Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015.

_____. A representação da cultura popular em Alfarrábios, de José de Alencar: entre o histórico e o lendário. Macabéa, Revista Eletrônica do Netlli, v. 10, n.5, p. 1-20, 2021.

SILVA, Hebe Cristina da. A circulação de romances de Teixeira e Sousa: Best-sellers do século XIX? I Seminário brasileiro sobre livro e história editorial, 2004, Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro. p. 1-14. Disponível em: http://www.caminhosdoromance.iel.unicamp.br/estudos/ensaios/circulacao.pdf. Acesso em: 10/12/2021.

SOUSA, Antônio Gonçalves Teixeira e. As tardes de um pintor ou as intrigas de um jesuíta. São Paulo: Três, 1973.

TEIXEIRA, Rodrigo Corrêa. Correrias de ciganos pelo território mineiro (1808–1903). Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1998.

_____. História dos Ciganos no Brasil. Recife: Núcleo de Estudos Ciganos, 2000.

THÉRENTY, Marie-Ève; VAILLANT, Alain (org.). 1836 L’an I de l’ère médiatique. Paris: Nouveau Monde, 2001.

_____. La littérature au quotidien: poéthiques journalistiques au XIXe siècle. Paris: Seuil, 2007.

Periódicos

Correio Mercantil, 1848 a 1868.

Diário de Pernambuco, 1840 a 1870.

Diário do Rio de Janeiro, 1840 a1870.

Jornal do Comércio, 1840 a 1870.

Published

2022-12-20

Issue

Section

VOLUME "AHEAD OF PRINT"