LA ALEGORÍA COMO MEDIO PARA LA CONSTRUCCIÓN DE UN MUNDO:

CADAVER EXQUISITO, DE AGUSTINA BAZTERRICA

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5281/zenodo.10380724

Mots-clés :

Agustina Bazterrica, Cadáver Exquisito, Ditadura Argentina

Résumé

O artigo propõe uma análise do romance distópico Cádaver Exquisito de Agustina Bazterrica, com foco no uso da metáfora em nível intratextual e extratextual. No nível intratextual, examina como a metáfora é utilizada para legitimar a violência e a desumanidade por parte da classe política, apresentando uma naturalização do horror por meio da legalização e incentivo ao consumo de carne humana. O romance critica a normalização da violência e a degradação humana promovida pelo poder. Em nível extratextual, estabelece-se um vínculo entre a obra e o contexto sociológico da produção, evidenciando referências não declaradas à última ditadura militar na Argentina. O romance se passa em um contexto histórico e sociopolítico específico, revelando como a violência do Estado e a opressão da ditadura se infiltram na sociedade. A análise proposta destaca como Cádaver Exquisito responde a um impulso social de denunciar, abordando a normalização da violência pela classe dominante e sua relação com a experiência da última ditadura militar na Argentina. A obra apresenta-se como uma alegoria que reflete e critica aspetos sociais e políticos da sociedade passada, convidando à reflexão e ao questionamento da naturalização da violência e da desumanização num contexto específico de cultura e política.

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Publiée

2023-12-19

Numéro

Rubrique

DOSSIÊ: A LITERATURA SOBRE AS DITADURAS NO CONE SUL