A morte e o Apagamento do Sujeito na Sociedade de Massas, em mas Não se Mata Cavalo?, de Horace Mccoy

Autores

  • Gislene Maria Barral Lima Felipe da Silva

Resumo

Este artigo analisa a obra literária Mas não se mata cavalo?, do escritor norte-americano Horace McCoy, que narra a trajetória do jovem Robert Sylverteen e sua parceira em uma maratona de dança, Glória Beatty. Evidencia-se a relação entre o texto literário e seu contexto, o período pós-Crack da Bolsa de Valores em Nova Iorque, em 1929, o florescimento e o boom da indústria cinematográfica, fatos históricos com os quais o texto mantém profundo diálogo. A partir dessa contextualização, delineiam-se personagens profundamente marcadas pelas conseqüências sócio-econômicas daqueles fatos. São elas representantes das massas manipuladas pela máquina econômica, política, cultural, ou seja, a máquina que forja os grandes negócios. Não apenas as personagens que circulam pelas páginas do romance mostram-se, em sua caracterização, vítimas de uma realidade implacável, mas a própria linguagem que constrói a obra contamina-se com elementos da ideologia subjacente à criação. Ao deglutir formas da indústria cultural em sua estruturação, a obra possibilita a leitura, em seu subtexto, de uma crítica ao universo de onde emerge. Com isso, contribui para desconstruir o mito do sucesso midiático como a salvação para o indivíduo na sociedade de massas e desvelando o desencanto com as promessas da indústria cultural.

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Publicado

01.01.2006

Edição

Seção

Artigos do Dossiê