O FASCISMO E AS MASSAS:
UMA ANÁLISE DA TEORIA FREUDIANA SOBRE O CONTÁGIO DO ÓDIO
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v10i5.47439Palavras-chave:
Fascismo, Comportamento, Ser individual, Alma coletiva.Resumo
O objetivo desse artigo consiste em abordar o fenômeno social do fascismo e do comportamento dos indivíduos em grupo pelo viés da teoria freudiana da psicologia das massas, fenômeno este que teve grande influência em alguns países no século XX, tendo seu surgimento na Itália, o qual serviu de inspiração para o nazismo na Alemanha. Tal ideologia foi adotada principalmente por seu forte caráter nacionalista e autoritário como meio de salvação para a crise econômica. Abordaremos a distinção entre o comportamento da vida psíquica do ser individual e a alma coletiva visando compreender as principais questões que surgem nesse estudo sobre o comportamento das massas, que são: como uma massa pode exercer influência na vida psíquica do ser individual? Em que consiste a modificação da psiqué que esta massa impõe ao indivíduo? De acordo com Freud, como veremos, o inconsciente possui um papel fundamental nas ações humanas, e segundo Le Bon o senso de responsabilidade dos atos dos indivíduos na massa não existe, dado que este se sente autorizado a ceder aos instintos inconscientes que controlava enquanto ser individual. Freud sustenta que os novos aspectos presentes no indivíduo da massa são exatamente o que antes, enquanto ser individual, não eram expostos e que ganha voz na massa. Outro ponto importante da abordagem de Freud e Le Bon são os aspectos do contágio e da sugestão presentes na massa, importantes para entender como o fascismo ganha adeptos ao discurso de ódio, contágio este que pode ser compreendido à luz dos estudos sobre hipnose de Freud. No presente artigo também serão abordados os conceitos de libido e identificação, no intuito de compreender o que une os indivíduos à massa e ao seu líder.
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Referências
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