Um estudo sobre a devoção à Senhora do Rosário na Vila do Príncipe, Minas Gerais, 1713 a 1821

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2022v27n47.63157

Palavras-chave:

Brasil colônia, Comarca do Serro do Frio, Vila do Príncipe, Irmandades leigas, Dinâmicas de mestiçagens

Resumo

A edificação da capela de Nossa Senhora do Rosário em 1758 na Vila do Príncipe, atual cidade do Serro/MG é o ponto de convergência para este estudo sobre o funcionamento da irmandade desde 1716, com a realização de sua festa de coroamento do rei e rainha, e a análise de seus fundadores por conta da publicação para fins de aprovação diocesana do compromisso, escrito em 1728. Em torno da irmandade, do compromisso, da festa e da capela, analisamos as dinâmicas de mestiçagens biológicas, culturais e devocionais tendo em vista os pressupostos da micro-história, com a finalidade de revelar conflitos de poder e de autoridade relacionados às sociabilidades de homens e mulheres neste contexto colonial, baseando-nos em metodologia de pesquisa bibliográfica. O resultado da pesquisa se apresenta no processo de narrativa das formas de atuação social de escravos, libertos ou forros e livres, de muitas qualidades em torno de uma festa e da devoção à Senhora do Rosário.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

DANILO ARNALDO BRISKIEVICZ, Instituto Federal de Minas Gerais - IFMG

Licenciatura em Filosofia pela Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG, especialista Temas Filosóficos e Mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e Doutorando em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC. Professor titular de Filosofia e Sociologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - IFMG, Santa Luzia.

Referências

ARQUIVO ECLESIÁSTICO DA ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA. Livro de Registros de Eleições da Irmandade do Rosário dos Pretos da Vila do Príncipe, 1716-1857, Caixa 529.

ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO. Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, ereta na Capela de Santo Antonio do Rio do Peixe, filial da Matriz da Vila do Príncipe, Bispado de Mariana no ano de 1804. Códice n. 1820.

ARQUIVO IPHAN SERRO. Vereações, Doc. 02, Cx. 49, fl. 47.

ARQUIVO JUDICIAL DO SERRO. Livro de Registros de Testamentos, 1751.

ARQUIVO PESSOAL MARIA EREMITA DE SOUZA. Cadernos. Caderno [4] 00-00-0000 Francisco de Assis Gomes Pinheiro [d], n.p.; Caderno [45] 08-07-1977 Sem Capa, n.p.; Caderno [70] 31-08-1979 São Paulo, n.p.; Caderno [74] 11-11-1979 Listrado Preto e Branco, n.p.; Caderno [184] 28-06-1991 Azul Secretaria de Estado da Educação, n.p.

ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO. Fundo Alferes Luiz Antônio Pinto. 1718 – Relação de escravos do sargento-mor Paulo Pires de Miranda. Lista de quintos. S/L – LAP-5.1- Doc. 01, Cx.09.

BOSCHI, Caio César. Os históricos compromissos mineiros: riqueza e potencialidade de uma espécie documental. Acervo, Rio de Janeiro, n. 1, p. 63-82, 1986.

BOXER, Charles Ralph. A idade de ouro do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1963.

BRISKIEVICZ, Danilo Arnaldo. A arte da crônica e suas anotações: história das Minas do Serro do Frio à atual cidade do Serro em notas cronológicas. (14/03/1702 a 14/03/2003). Porto Alegre: Revolução E-book – Simplíssimo, 2017.

BRISKIEVICZ, Danilo Arnaldo. Serro: patrimônio do Brasil. Curitiba: Appris Editora, 2022.

CAMPOS, Adalgisa Arantes. Mecenato leigo e diocesano nas Minas Setecentistas. In: RESENDE, Maria Efigênia Lage de; VILLALTA, Luiz Carlos (orgs.). História de Minas Gerais: As minas setecentistas – v. 2. Belo Horizonte: Autêntica; Companhia do Tempo, 2007, p. 77-107.

Códice Costa Matoso. Coleção das notícias dos primeiros descobrimentos das minas na América que fez o doutor Caetano da Costa Matoso sendo ouvidor-geral das do Ouro Preto, de que tomou posse em fevereiro de 1749, & vários papéis. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1999.

Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rozário na Freguezia da Conceyção da Villa do Príncipe do Serro do Frio no Anno de 1728. Serro: Edição do Autor, 1979 (mandado imprimir por José Nunes Mourão, Zé de Fina).

FONSECA, Cláudia Damasceno. Arraiais e vilas d’el rei. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Barroco. 2.ed. Belo Horizonte, n. 16, 1995.

LOPES, Nei. Bantos, malês e identidade negra. 3.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

MARTINS, Judith. Dicionário de artistas e artífices dos séculos XVIII e XIX em Minas Gerais. Rio de Janeiro: Departamento de Assuntos Culturais, Ministério da Educação e Cultura, 1974.

NUNES, Márcia Clementino. Festa do Rosário do Serro. Belo Horizonte: Edição da Autora, 2018.

OLIVEIRA, Eduardo. Cosmovisão africana no Brasil: elementos para uma filosofia afrodescendente. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 1972.

PAIVA, Eduardo França. Dar nome ao novo. Uma história lexical da Ibero-América entre os séculos XVI e XVIII. As dinâmicas de mestiçagens e o mundo do trabalho. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

REVISTA DO ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO. Provisões, patentes e sesmarias 1717-1721. Belo Horizonte, XXIV, 1933 (Códice 12 da Seção Colonial do Arquivo Público Mineiro).

SALLES, Fritz Teixeira de. Associações religiosas no ciclo do ouro. São Paulo: Perspectiva, 2007.

SCARANO, Julita. Devoção e escravidão. A irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos do Distrito Diamantino no século XVIII. 2.ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1978.

SILVA, Dario Augusto Ferreira da. Memória sobre o Serro antigo. Serro: Typographia Serrana, 1928.

VIDE, Sebastião Monteiro da. Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. São Paulo: Edusp, 2010.

Downloads

Publicado

2023-02-25

Como Citar

BRISKIEVICZ, D. A. Um estudo sobre a devoção à Senhora do Rosário na Vila do Príncipe, Minas Gerais, 1713 a 1821. Sæculum - Revista de História, [S. l.], v. 27, n. 47 (jul./dez.), p. 48–65, 2023. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2022v27n47.63157. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/srh/article/view/63157. Acesso em: 20 dez. 2024.