“Women’s work is cheap due to the great abundance that exists": intellectuals and teachers in the daily toil of their offices (Rio de Janeiro, XIX century)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2022v27n46.60193

Keywords:

Mulheres, Trabalho intelectual, Jornalistas, Século XIX

Abstract

In Brazil, in the second half of the nineteenth century, it was a context in which, more and more, possible alternatives to a new social order for subordinated subjects appeared, being women an example. From their experiences related to gender, those instructed sought to claim equal rights in education, insertion and better conditions in the worlds of work and in the professional universe. Therefore, this article will analyze the universe of female intellectual work, mainly of teachers, journalists and writers, aiming at identifying the main difficulties, as well as the strategies and negotiations that were used for their daily transits through the streets of Rio de Janeiro.The temporal cutout is delimited in the second half of the XIX and the sources used were the Tratado sobre a emancipação política da mulher e direito de votar, the periodical press and the manuscripts of the Public Instruction of the Empire. The results prove that the coercive conditions of gender to which they were imposed prevented them the professional transit in the intellectual universe.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Cristiane de Paula Ribeiro, Universidade Estadual de Campinas

Doutoranda em História pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pesquisadora Associada do Núcleo de História Social da Política (NEHSP/UFJF), na linha de pesquisa “Mulheres e a escrita da História: artes, letras e trabalho” e do Grupo de Pesquisa Gênero e História (GRUPEG/USP). Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e atualmente leciona como professora substituta no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET/MG).

References

Fontes

Almanak Laemmert. Rio de Janeiro. Tipografia Universal de Laemmert. 1850-1886.

SANTOS, Anna Rosa Termacsics. Tratado Sobre a Emancipação Política da Mulher e Direito de Votar. Brasília: Edições Câmara, 2022.

Correio Mercantil, Instructivo, Político e Universal. Rio de Janeiro. Tipografia do Correio Mercantil DEF. J. Dos Santos Rodrigues & Cia. 1850-1869.

Jornal do Commércio. Rio de Janeiro. Tipografia Imperial e Constitucional de J. Villeneuve e Comp. 1850-1886.

O Sexo Feminino. Campanha/Rio de Janeiro. 1873-1890 (breve interrupções). Disponível em:

Ofícios, requerimentos, petições, portarias, avisos enviados a Câmara Municipal por colégios particulares (1856-1859) relacionado à Instrução Pública AGCRJ. Séries 12.3.38 e 12.4.2. Consulta in loco.

Referências

ALVARADO, Lourdes. La prensa como alternativa educativa para las mujeres de princípios del siglo XIX. In: Familia y educación en Iberoamérica: Colegio de Mexico, 1999.

ARAGÃO, Solange de. Ensaio sobre a casa brasileira no século XIX. [Livro eletrônico] São Paulo: Blucher, 2017.

BARBOSA, Everton Vieira. Páginas de sociabilidade feminina: sensibilidade musical no Rio de Janeiro oitocentista. Dissertação (Mestrado em Letras). Assis: Universidade Estadual Paulista, 2016.

BIGGS, Mary. Neither printer’s wife nor window: American women in typesetting, 1830-1950. The Library Quarterly: Information, Community, Policy, vol. 50, n. 4, p. 431-452, 1980.

BORGES, Angélica. A fiscalização que mais se deseja: a inspeção do ensino na Capital do Império Brasileiro. Revista Linhas. Florianópolis, v.18, n. 36, p. 09-40, 2017.

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil – o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

CHALHOUB, Sidney; SILVA, Fernando Teixeira da. Sujeitos no imaginário acadêmico: escravos e trabalhadores na historiografia brasileira desde os anos 1980, Caderno AEL: Trabalhadores, leis e direitos, Unicamp; IFCH; AEL, v. 14, n. 26, p. 15-47, 2009.

CHALHOUN, Sidney; NEVES, Margarida de Souza; PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda (orgs.). Apresentação. História em cousas miúdas: capítulos de História Social da crônica no Brasil. Campinas: Ed. da Unicamp, 2005.

DARTON, Robert. O grande massacre de gatos e outros episódios da história cultural francesa. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2020.

DUARTE, Constância L. Feminismo: uma história a ser contada. In: HOLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019, p. 25-47.

GONDRA, José Gonçalves & TAVARES, Pedro Paulo Hausmann. A Instrução Reformada: Ações de Couto Ferraz nas Províncias do Espírito Santo, Rio de Janeiro e na Corte Imperial (1848-1854). III Congresso da SBHE. Curitiba, 2004.

GONDRA, J. G; SCHUELER, A. Educação, Poder e Sociedade no Império Brasileiro. São Paulo: Cortez, 2008.

HOFFMAN, Nicole Tonkovich. Sarah Josepha Hale (1788-1874). Legacy, vol. 7, n. 2, p. 47-55, 1990.

HOLANDA, Sergio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira. Tomo II: O Brasil Monárquico. Volumes 2 e 4. São Paulo: Difel, 1978.

HOOKS, Bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 16. Brasília, p. 193-210, 2015.

KIRKPATRICK, Kate. Simone de Beauvoir: uma vida. São Paulo: Planeta do Brasil, 2020.

LERNER, Gerda. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. São Paulo: Editora Cultrix, 2019.

LERNER, Gerda. Placing Women in History: Definitions and Challenges. Feminist Studies, Autumn, vol. 3, n. 1/2, p. 5-14, 1975.

LIMEIRA, Aline de Morais; SCHUELER, Alessandra Frota Martinez de. Ensino particular e controle estatal: a reforma Couto Ferraz (1854) e a regulação das escolas privadas na corte imperial. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 32, p. 48-64, 2008.

LOURO, Guacira Lopes. Mulheres na sala de aula. In: DEL PRIORE, Mary (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2004, p. 443-481.

MAIA, Ludmila de Souza. Viajantes de saias: gênero, literatura e viagem em Adéle Toussaint Samson e Nísia Floresta. Tese (Doutorado em História). Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2016.

MOUTINHO, Laura. Diferenças e desigualdades negociadas: raça, sexualidade e gênero em produções acadêmicas recentes. Cadernos Pagu, n. 24, p. 201-248, 2014.

PASTERNAC, Nora. El periodismo femenino en el siglo XIX: Violetas del Anáhuac. In: Mujer y literatura mexicana y chicana. Colegio de Mexico, 1990.

PEDRO, Joana Maria; SOUZA, Beatriz Alves. Trajetória das mulheres brasileiras na carreira das letras: ensaio bibliográfico a partir de autores contemporâneos. Caderno Espaço Feminino. Uberlândia, vol. 25, n. 1, p. 79-95, 2012.

PEÑA, Ana Lidia García. Madres solteras, pobres y abandonadas: ciudad de México, siglo XIX. História Mexicana, vol. 53, n. 3, p. 647-692, 2004.

PERROT, Michele. As mulheres ou os silêncios da história. Bauru: EDUSC, 2005.

POPINIGS, Fabiane, SCHETTINI, Cristiana. Apresentação Dossiê Perspectivas de gênero no mundo do trabalho. Revista Mundos do Trabalho, vol. 1, n. 2, p. 05-12, 2009.

RAGO, Margareth. Epistemologia feminista, gênero e história. In: PEDRO, Joana; GROSSI, Mirian (orgs.). Masculino, feminino, Plural. Florianópolis: Editora Mulheres, p. 25-37, 1998.

RIBEIRO, Cristiane de Paula. “A vida caseira é a sepultura dos talentos”: gênero e participação política nos escritos de Anna Rosa Termacsics dos Santos (1850-1886). Dissertação (Mestrado em História). Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora, 2019.

RIZZINI, Irma; SCHUELER, Alessandra. Frota Martinez de. Entre o mundo da casa e o espaço público: um plebiscito sobre a educação da mulher (Rio de Janeiro, 1906). Revista História e Historiografia da Educação, Curitiba, vol. 2, n. 4, p. 122-146, p. 2018.

SCHUELER, Alessandra Frota M. de. Professoras primárias na cidade do Rio de Janeiro. Notas sobre a feminização da docência. Revista Rio de Janeiro, n. 13-14, p. 29-47, 2004.

SMITH, Bonnie. Gênero e História: homens, mulheres e prática histórica. São Paulo: EDUSC, 2003.

SOUZA, Natália Lopes. A experiência editorial de Maria Firmina dos Reis no periódico O Jardim das Maranhenses. Revista Aedos, Porto Alegre, v. 12, n. 26, p. 424-452, 2020

STRATHERN, Marilyn. O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na Melanésia. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2006.

VASCONCELOS, Maria Celi Chaves. A casa e os seus mestres. A educação no Brasil de Oitocentos. Rio de Janeiro: Gryphus, 2005.

WOOLF, Virgínia. Um teto todo seu. São Paulo: Tordesilhas, 2014.

Published

2022-07-08

How to Cite

RIBEIRO, C. de P. “Women’s work is cheap due to the great abundance that exists": intellectuals and teachers in the daily toil of their offices (Rio de Janeiro, XIX century). Saeculum, [S. l.], v. 27, n. 46 (jan./jun.), p. 45–65, 2022. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2022v27n46.60193. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/srh/article/view/60193. Acesso em: 13 may. 2024.