A formação humana e a incapacidade de pensar: considerações sobre o problema do mal em Hannah Arendt
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.2016.33701Palavras-chave:
Mal banal, Formação humana, Humanidades, Hannah ArendtResumo
Este artigo pretende apresentar o tema da formação humana conectado à incapacidade de pensar, tecendo considerações sobre o problema do mal no pensamento de Hannah Arendt. A autora é conhecida como pensadora da política que concentrou atenção especial ao problema do mal que assolou o mundo na primeira metade do século XX. A partir da análise de Origens do Totalitarismo, de 1951, e de Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, de 1963, pretende-se refletir acerca dos mecanismos que produzem o adormecimento da capacidade de pensar frente à necessidade da formação humana. A partir dessa análise, se perceberá que o problema do mal assume um viés radical, uma possibilidade de destruição completa do humano. Na análise do caso Eichmann, Arendt percebeu que o réu agia banalmente, manifestando sua incapacidade de pensar, o que tornou possível a normalização da insensibilidade frente o diferente. Portanto, a banalidade do mal implica na incapacidade de pensar, uma ameaça sempre constante à formação humana
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