RENDA BÁSICA DO ZIKA À COVID-19

AMPARANDO AS TRABALHADORAS DO CUIDADO EM EMERGÊNCIAS HUMANITÁRIAS

Autores

  • Juliana Santana Universidade de Brasília
  • Raquel Lustosa Universidade Federal de Pernambuco
  • Luciana Brito Universidade de Brasília
  • Ilana Ambrogi Fiocruz
  • Martha Ysis Universidade Federal da Paraíba
  • Aissa Simas Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2022.n14.64984

Resumo

A pandemia da Covid-19 espelha a epidemia do Zika para mostrar que emergências em saúde pública são mais devastadoras para populações vulneráveis, especialmente mulheres. As cuidadoras de crianças afetadas pela Síndrome Congênita do Zika vivem uma intensa rotina de cuidado. Elas são mulheres jovens, negras, com baixa escolarização formal e com precários vínculos de trabalho remunerado. A pandemia exacerbou a intensidade do trabalho de cuidado, já socialmente desvalorizado e não remunerado. As medidas sanitárias para controle da doença também fragilizaram as condições de subsistência familiar, comumente circunscritas à informalidade. Entre mulheres afetadas pelo Zika, o WhatsApp é espaço de mobilização social e trocas de experiências. Por meio da pesquisa etnográfica nos grupos, concluímos que a Renda Emergencial é uma medida de proteção social imprescindível para o amortecimento da crise humanitária durante emergências sanitárias, especialmente a exemplo da epidemia do Zika e da pandemia da Covid-19. Assim, argumentamos que políticas sociais devem ser sensíveis às diversas iniquidades, para a proteção adequada das trabalhadoras do cuidado.

PALAVRAS-CHAVE:

Trabalho reprodutivo. Emergências de saúde pública. Renda emergencial. Zika. Covid-19.

Ilustração: Alisa Pincay @alisapincay

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Biografia do Autor

Juliana Santana, Universidade de Brasília

Graduada em Serviço Social, Universidade de Brasília

Raquel Lustosa, Universidade Federal de Pernambuco

Doutoranda em Antropologia, Universidade Federal de Pernambuco

Luciana Brito, Universidade de Brasília

Doutora em Saúde Pública, Universidade de Brasília

Ilana Ambrogi, Fiocruz

Doutora em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva, Fiocruz

Martha Ysis, Universidade Federal da Paraíba

Mestra em Direitos Humanos, Universidade Federal da Paraíba

Aissa Simas, Universidade de Brasília

Mestranda em Antropologia Social, Universidade de Brasília

Ilustração: Alisa Pincay @alisapincay

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Publicado

2022-12-05

Edição

Seção

Dossiê Etnografias de uma Sindemia: A Covid-19 e suas Interações