O conceito situacionista de cultura
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v11i3.69782Palavras-chave:
Cultura, espectáculo, Guy Debord, Internacional Situacionista e jogo., Cultura, espectáculo, Guy Debord, Internacional Situacionista, jogoResumo
Tendo em vista apresentar e discutir a concepção de cultura que perfilham Guy Debord e os situacionistas, é preciso desfazer, desde logo, alguns equívocos: não há neles, contrariamente às aparências, a apologia de uma atitude anticultural. Pelo contrário, estamos nos antípodas do “neoprimitivismo”. Quando Debord afirma que recusa o “neoprimitivismo” contemporâneo, isso equivale, num vocabulário schilleriano, à rejeição da posição do “selvagem”, do qual Rousseau traça canonicamente o retrato romântico. Com os mesmos recursos vocabulares, também devemos dizer que Debord rejeita a posição inversa, isto é, a do “bárbaro” que destrói — em prol das abstracções — a vida e a sensibilidade.
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