A relação histórica da Comissão Pastoral (CPT) e movimentos sociais para a reforma agrária paraibana e a Agroecologia como revitalização da valorização dos agricultores assentados

Autores

  • Andreia Vasconsellos UFPB
  • Filipe Silveira Marini
  • Shirley Santos Monteiro
  • Juliana Ferreira França
  • Dualysson Silva Santos
  • Jômane Costa de Jesus

Resumo

A Comissão Pastoral da Terra surgiu para fortalecer as ações dos agentes pastorais que desenvolviam seu trabalho no meio rural. Apresenta-se nos conflitos de terra através de intermediação entra a luta pela terra e a sociedade. Exerceu e exerce, em relação à luta pela terra no Brasil, muito mais do que um papel de assessoria dos movimentos, de articulação das diversas experiências de organização no campo, de modo a fortalecer estes movimentos e criar condições para novas organizações, como foi o caso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Nos últimos anos, em meio à crise socioeconômica e ambiental, os Assentamentos rurais vêm se configurando como importantes conquistas dos movimentos sociais. No entanto, a potencialidade destes espaços como território de construção de novas relações sociais e relações com os recursos naturais é ameaçada pelos passivos ambientais deixados pelos latifúndios monocultores. A construção da Agroecologia no trabalho da CPT com os Projetos de Assentamentos - PA´s se deu de forma participativa e atuante dos membros, agricultores e agricultoras assistidos pela Pastoral, que se faziam presentes nas reuniões na Diocese de Guarabira/PB. Em um dos Fóruns foi introduzida a Agroecologia como ação a ser trabalhada pelos membros. A Agroecologia é a base para junção de técnicas alternativas para que haja a harmonia da agricultura e o meio ambiente, técnicas que se enquadrem em uma concepção ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALENCAR C, CAPRI L, Ribeiro M. História da sociedade brasileira. 14ª ed. Rio de Janeiro: Ao livro Técnico, 1996.

ALMEIDA P, CORDEIRO A. Semente da paixão: estratégia comunitária de conservação de variedades locais no semiárido. Rio de Janeiro: AS-PTA, 2002. 72p.

ALTIERI M. Agroecologia – Bases Científicas para uma Agricultura Sustentável. Guaíba: Agropecuária, 2002, 592p.

ANDRADE M. A Terra e o Homem no Nordeste: contribuição ao estudo da questão agrária no nordeste. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1987.

BEZERRA C. O que é Teologia da Libertação. São Paulo. Ed. Paulinas, 1987.

CALDART RS. Escola é mais do que escola na Pedagogia do Movimento Sem Terra. Petrópolis: Vozes. 1999.

CARVALHO JF. Unir para mudar, a Igreja vai ao campo: um estudo sobre a atuação da CPT-PR e os trabalhadores rurais na década de 1990. In: Anais do Encontro Nacional de Geografia Agrária. 18, 2006, Rio de Janeiro: UERJ, NEGEF, 2006.

CORSO JC. A mística da terra: um estudo sobre a Romaria da Terra. Rio Bonito do Iguaçu – PR - 1997. Dissertação de Mestrado em História. Unicentro/Unesp. Guarapuava: 1999.

CORSO JC. A religiosidade presente no processo de formação do MST do Paraná: as relações entre CPT e MST (déc. 80 e 90). ANPUH – XXIII Simpósio Nacional de História – Londrina, 2005.

CNBB. Documento 3: evangelização da Juventude. Brasília, CNBB, 2007.

FERNANDES BM. Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais: Contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais 2006. Disponível na Internet. http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/osal/osal16/D16MFernandes.pdf. Acesso em: nov. 2014.

FERNANDES BM. Formação e territorialização do MST no Brasil: 1979 – 2005. In: Anais do Encontro Nacional de Geografia Agrária. 18, 2006, Rio de Janeiro: UERJ, NEGEF, 2008.

FERNANDES BM. A formação do MST no Brasil. Petrópolis: Vozes. 2000.

GLIESSMAN SR. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre: Editora Universidade/UFRGS, 2000.653p.

LIMA D. Os demônios descem do Norte. Rio de Janeiro. Francisco Alves, 1991.

LOWY. Marxismo e Teologia da Libertação. São Paulo, Ed. Cortez, 1991.

MACEDO C. Tempo de Gêneses: o povo das comunidades Eclesiais de base. São Paulo: Brasiliense, 1986.

MACHADO J. Internet, Ativismo Político e Controles Governamentais. In: Anais do XI Congresso da Sociedade Brasileira de Sociologia, Campinas, Brasil, 1 a 5 de setembro de 2003.

MALAGODI E A, ARAÚJO P L. A organização da produção e os desafios do desenvolvimento nas áreas de assentamentos de reforma agrária. In: DUQUÉ, G. et al. Agricultura familiar: a diversidade das situações rurais. Campina Grande: GPAF/PPGS/UFCG, 2005. CD-ROM.

MANÇANO F. Gênese e Desenvolvimento. Caderno de formação n 30. São Paulo, 2005, p. 26.

MARINHO L S. Abastecimento d´água em pequenos aglomerados urbanos do Estado da Paraíba – Dissertação de Mestrado. UFPB/CT. João Pessoa: UFPB, 2006.

MARTINS J. Conquistar a terra, reconstruir a vida. Petrópolis: vozes, 1985.

MARTINS JS. Os Camponeses e a política no Brasil. 5ª Ed. Petrópolis, RJ. Vozes, 1996.

MOREIRA E. Por um pedaço de chão. João Pessoa: Editora universitária/UFPB, 1997. Vol. 1 e 2.

MOREIRA E, TARGINO I. Capítulos de Geografia Agrária da Paraíba. João Pessoa: Editora Universitária/ UFPB, 1997, 332p.

MORISSAWA M. A história da luta pela terra e o MST. São Paulo: Expressão Popular, 2001.

NOBRE GE. A trajetória do sindicalismo rural na Paraíba. 1990. Dissertação (Mestrado em Sociologia Rural), Centro de Humanidades, Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande, 1990.

PANINI C. Reforma Agrária dentro e fora da lei. São Paulo, ed. Paulinas, 1990.

PELLEGRINI JBR, RAMOS FILHO LO. Diagnóstico agroflorestal participativo em assentamentos rurais da região de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. Relatório Técnico. Embrapa Meio Ambiente. 2000.

PESSOA JM. A revanche camponesa. Goiânia: Editora da UFG, 1999.

PIRAUX M, BONNAL P. Projetos coletivos de desenvolvimento territorial no entorno de Campina Grande (PB). O elo faltante da multifuncionalidade da agricultura familiar. Estudos sociedade e Agricultura, 16, 2, UFRRJ, 2008, p 262-292.

PIRAUX M, MIRANDA R. A longa emergência da agricultura familiar: relações entre atividade agrícola, atores sociais e formas de intervenção do estado no Agreste paraibano. Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas. Vol. 30, Nº 2 - Jul-Dez de2010. Campina Grande, 2011.

POLETTO I. A CPT e a questão agrária. In: A Igreja e a questão agrária. São Paulo: Loyola, 1985.

PRIMAVESI A. Manejo ecológico do solo. São Paulo: Nobel, 2002.

RAMOS FILHO LO, PELLEGRINI JBR. Diagnóstico agroflorestal participativo em assentamentos rurais da região de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. Relatório Técnico. Embrapa Meio Ambiente. 2006.

RICCI R. A trajetória dos movimentos sociais no campo: história, teoria social e práticas de governos. Disponível na Internet. http://www.espacoacademico.com.br/054/54ricci.htm. Acesso em: 21 out. 2014.

SODERO FP. O estatuto da terra. Brasília: Fundação Petrônio Portela, 1982. 169p.

STÉDILE J. A luta pela terra no Brasil. São Paulo: Scritta, 1993.

STÉDILE JP, FERNANDES BM. Brava gente. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. 2005.

VERONESE, O. “Fetag/RS: 30 anos de luta. 1963 – 1993”. Porto Alegre: Fetag/RS, 1993.

VILLALOBOS J U G. A Comissão Pastoral da Terra (CPT): Notas da sua atuação no Estado do Pará. Revista Unimar, Maringá, 1993

Downloads

Publicado

2016-12-19

Como Citar

VASCONSELLOS, A.; MARINI, F. S.; MONTEIRO, S. S.; FRANÇA, J. F.; SANTOS, D. S.; JESUS, J. C. de. A relação histórica da Comissão Pastoral (CPT) e movimentos sociais para a reforma agrária paraibana e a Agroecologia como revitalização da valorização dos agricultores assentados. Gaia Scientia, [S. l.], v. 10, n. 4, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/34741. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)