O aumento da temperatura reduz a tolerância ao estresse hídrico na germinação de sementes de Pereskia grandifolia Haw. subsp. grandifolia (Cactaceae)?
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2017v11n4.35466Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar se o aumento da temperatura reduz a tolerância ao estresse hídrico na germinação de sementes de Pereskia grandifolia Haw. subsp. grandifolia (Cactaceae). O déficit hídrico foi simulado com soluções de polietilenoglicol 6000 nos potenciais osmóticos de 0,0; -0,1; -0,3; -0,6 e -0,9 MPa e as temperaturas constantes avaliadas foram as de 25 e 30°C. Os dados de frequência da germinação de sementes indicaram diferenças no comportamento germinativo entre as temperaturas de 25 e 30°C em todos os potenciais avaliados. O potencial osmótico influenciou todos os parâmetros de germinação avaliados no presente estudo, com exceção do índice de sincronização. Com a redução do potencial osmótico foi constatada a redução da germinabilidade das sementes, independentemente da temperatura avaliada. Entretanto, foi observada uma redução mais drástica na germinabilidade quando as sementes foram submetidas ao déficit hídrico na temperatura de 30°C. A temperatura também influenciou significativamente a germinabilidade das sementes, sendo observadas mais sementes germinadas na temperatura de 25°C. O potencial básico foi de -0,9005 MPa na temperatura de 25°C. Porém, quando as sementes foram submetidas à temperatura de 30°C, o potencial básico aumentou para -0,7540 MPa, indicando uma redução da tolerância ao déficit hídrico. Conclui-se que o aumento da temperatura reduz a tolerância ao estresse hídrico na germinação de sementes de P. grandifolia subsp. grandifolia e sugere-se um estudo com sementes de diferentes populações dessa espécie pra se confirmar a influência da origem da semente na sua resposta germinativa quando submetidas a estresses abióticos associados.