Fitossociologia de vegetação arbustivo-arbórea em uma área de mata ciliar no semiárido paraibano, Brasil

Autores

  • Alecksandra Vieira de Lacerda Universidade Federal de Campina Grande
  • Francisca Maria Barbosa Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n2.35719

Resumo

O estudo objetivou caracterizar a estrutura fitossociológica da vegetação em uma área ribeirinha na bacia do rio Taperoá, semiárido paraibano. O levantamento abrangeu um trecho ao longo do riacho Farias (7°25’33” S e 36°29’21” W; 454-470 m de altitude), onde estabeleceu-se 51 parcelas contíguas de 10 X 20 m (1,02 ha), distribuídas ao longo do curso d’água. Os critérios de inclusão utilizados foram amostrar os indivíduos arbustivo-arbóreos, vivos e mortos em pé, com diâmetro do caule ao nível do solo (DNS) ≥ 3 cm e altura total ≥ 1 m. Foram calculados parâmetros gerais da comunidade, parâmetros relativos e absolutos das espécies, além do valor de importância (VI) e valor de cobertura (VC). Determinaram-se também os índices de diversidade de Shannon e de equabilidade de Pielou. Foram amostrados 1.838 indivíduos distribuídos em 41 espécies, 36 gêneros e 19 famílias. A área basal total da vegetação ribeirinha foi de 15,9 m². As três espécies mais importantes em VI foram Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P.Queiroz, Croton blanchetianus Baill. e Combretum leprosum Mart. Os valores de diversidade e equabilidade foram 2,18 nats.ind.-1 e 0,59 respectivamente. Um reduzido número de famílias e de espécies representa a maior parte de indivíduos amostrados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alcoforado-Filho FG, Sampaio EVSB e Rodal MJN. 2003. Florística e fitossociologia de um remanescente de vegetação caducifólia espinhosa arbórea em Caruaru, Pernambuco. Acta botanica brasílica, 17(2): 287-303.

Andrade-Lima D. 1981. The caatingas dominium. Revista Brasileira de Botânica, 4(2): 149-163.

Araújo FS, Sampaio EVSB, Rodal MJN e Figueiredo MA. 1998. Organização comunitária do componente lenhoso de três áreas de carrasco em Novo Oriente - CE. Revista Brasileira de Biologia, 58(1): 85-95.

Araújo Filho JÁ, Carvalho FC, Garcia R, Souza RA. 2002. Efeitos da manipulação da vegetação lenhosa sobre a produção e compartimentalização da fitomassa pastável de uma caatinga sucessional. Revista Brasileira de Zootecnia, 31(1): 11-19.

Barbosa LM. 1989. Estudos interdisciplinares do Instituto de Botânica em Moji-Guaçu, SP. In: Simpósio sobre Mata Ciliar. Campinas: Fundação Cargill, p. 171-191.

Botelho AS e Davide AC. 2002. Métodos silviculturais para recuperação de nascentes e recomposição de matas ciliares. In: Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas, 5. Belo Horizonte, Minas Gerais, p. 123-145.

Botelho AS, Faria JMR, Furtini Neto AE e Resende AV. 2001. Implantação de Florestas de Proteção. Lavras: UFLA/FAEPE, 81 p.

Causton DR. 1988. An introduction to vegetation analysis, principles, practice and interpretation. London: Unwin Hyman, 342 p.

Cavassan O, Cesar O e Martins RF. 1984. Fitossociologia da vegetação arbórea da Reserva Estadual de Bauru, Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Botânica 7(2): 91-106.

Delitti WBC. 1989. Ciclagem de nutrientes minerais em matas ciliares. In: Simpósio sobre Mata Ciliar. Campinas: Fundação Cargill, p. 88-98.

Demattê MESP. 1989. Recomposição de matas ciliares na região de Jaboticabal, SP. In: Simpósio sobre Mata Ciliar. Campinas: Fundação Cargill, p. 160-170.

Durigan G e Silveira ER. 1999. Recomposição da mata ciliar em domínio de cerrado, Assis, SP. Scientia Forestalis, 56: 135-144.

Felfili JM, Ribeiro JF, Fagg CW e Machado JWB. 2000. Recuperação de matas de galeria. Planaltina: EMBRAPA Cerrados, 45 p.

Harper KT, Sanderson SC e McArthur ED. 1992. Riparian ecology in National Park, Utah. USDA. Forest Service. INT general technical report, 298: 32-42.

Kent M e Coker P. 1992. Vegetation description and analysis: a pratical approach. London: Belhaven Press, 363 p.

Lacerda AV. 2003. A semi-aridez e a gestão em bacias hidrográficas: visões e trilhas de um divisor de ideias. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 164 p.

Lemos JR e Rodal MJN. 2002. Fitossociologia do componente lenhoso de um trecho da vegetação de caatinga no Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí, Brasil. Acta botanica brasilica 16(1): 23-42.

Lima WP. 1989. Função hidrológica da mata ciliar. In: Simpósio sobre Mata Ciliar. Campinas: Fundação Cargill, p. 25-42.

Lima WP. 2002. Aspectos hidrológicos da recuperação de zonas ripárias degradadas. In: Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas, 5. Belo Horizonte, Minas Gerais, p. 170-174.

Ludwig JA e Reynolds J F. 1988. Statistical ecology: A primer on methods and computing. New York: Jonh Wiley & Sons, 337 p.

Magurran AE. 1988. Ecological diversity and its measurement. Princeton: Princeton University Press, 179 p.

Mantovani W, Rossi L, Romaniuc Neto S, Assad-Ludewigs IY, Wanderley MGL, Melo MMRF e Toledo CB. 1989. Estudo fitossociológico de áreas de matas ciliares em Moji-Guaçu, SP, Brasil. In: Simpósio sobre Mata Ciliar. Campinas: Fundação Cargill, p. 235-267.

Martins FR. 1991. Estrutura de uma floresta mesófila. Campinas: Editora da UNICAMP, 246 p.

Meira-Neto JAA, Bernacci LG, Grombone TM, Tamashiro JY e Leitão Filho HF. 1989. Composição florística da floresta semidecídua de altitude do Parque Municipal da Grota Funda. Acta botanica brasilica 3(2): 51-74.

Meunier IMJ e Carvalho AJE. 2000. Crescimento da caatinga submetida a diferentes tipos de cortes, na Região do Seridó do Rio Grande do Norte. Natal: Projeto MMA/FAO/UTF/BRA/047, (Boletim Técnico, 4), 28 p.

Mueller-Dombois D e Ellenberg H. 1974. Aims and methods of vegetation ecology. New York: John Wiley & Sons, 574 p.

Oliveira-Filho AT. 1994. Estudos ecológicos da vegetação como subsídios para programas de revegetação com espécies nativas: uma proposta metodológica. Cerne 1(1): 64-72.

Paraíba. Secretaria do Planejamento. 1997. Avaliação da infra-estrutura hídrica e do suporte para o sistema de gerenciamento de recursos hídricos do Estado da Paraíba. João Pessoa, 44 p.

Paraíba. Secretaria Extraordinária do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e Minerais/Superintendência de Desenvolvimento do Meio Ambiente. 2000. Zoneamento ecológico-econômico do Estado da Paraíba: Região do Cariri Ocidental – Estudos Hidrológicos. João Pessoa, Paraíba, 58 p.

Pereira IM. 2000. Levantamento florístico do estrato arbóreo e análise da estrutura fitossociológica de ecossistema de caatinga sob diferentes níveis de antropismo. Dissertação (Mestrado Produção Vegetal). Universidade Federal da Paraíba, Areia, 70 f.

Pereira IM, Andrade LA, Barbosa MRV e Sampaio EVSB. 2002. Composição florística e análise fitossociológica do componente arbustivo-arbóreo de um remanescente florestal no agreste paraibano. Acta botanica brasilica 16(3): 357-369.

Pielou EC. 1975. Ecological diversity. New York: Jonh Wiley & Sons, 165 p.

Rezende AV. 1998. Importância das matas de galeria: manutenção e recuperação. In: Ribeiro JF. (Ed.). Cerrado: matas de galeria. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, p. 3-16.

Ribeiro JF e Schiavini I. 1998. Recuperação de matas de galeria: integração entre a oferta ambiental e a biologia das espécies. In: Ribeiro JF. (Ed.). Cerrado: matas de galeria. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, p. 137-153.

Rodal, MJN. 1992. Fitossociologia da vegetação arbustivo-arbórea em quatro áreas de caatinga em Pernambuco. Tese (Doutorado Ciências/Ecologia). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 224 p.

Rodrigues RR. 1989. Análise estrutural das formações florestais ripárias. In: Simpósio sobre Mata Ciliar. Campinas: Fundação Cargill, p. 99-119.

Rodrigues RR. 1991. Análise de um remanescente de vegetação natural às margens do rio Passa Cinco, Ipeúna, SP. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 325 p.

Rodrigues RR. e Gandolfi S. 1996. Recomposição de florestas nativas: princípios gerais e subsídios para uma definição metodológica. Rev. bras. Hort. Orn. 2(1): 4-15.

Salvador JLG. 1987. Considerações sobre as matas ciliares e a implantação de reflorestamentos mistos nas margens de rios e reservatórios da CESP. Série Divulgação e informação 105. São Paulo, 29p.

Sampaio EVSB. 1996. Fitossociologia. In: Sampaio EVSB, Mayo SJ e Barbosa MRV. (Eds.). Pesquisa botânica nordestina: progressos e perspectivas. Recife: Sociedade Botânica do Brasil/Seção Regional de Pernambuco, p.203-230.

Sampaio EVSB, Araújo EL, Salcedo IH.e Tiessen H. 1998. Regeneração da vegetação de caatinga após corte e queima, em Serra Talhada, PE. Pesquisas Agropecuária Brasileira 33(5): 621-632.

Santana JAS. 2005. Estrutura fitossociológica, produção de serrapilheira e ciclagem de nutrientes em uma área de caatinga no seridó do Rio Grande do Norte. Tese (Doutorado em Agronomia). Universidade Federal da Paraíba, Areia, 184 p.

Santos NA e Sousa-Silva JC. 1998. As matas de galeria têm importância econômica? In: Ribeiro JF. (Ed.). Cerrado: matas de galeria. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, p.157-164.

Tavares S, Paiva FAV, Tavares EJS, Carvalho GH e Lima JLS. 1970. Inventário florestal de Pernambuco. Estudo preliminar das matas de remanescentes dos municípios de Ouricuri, Bodocó, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina. SUDENE. Boletim de Recursos Naturais 8(1/2): 149-194.

Troppmair H e Machado MLA. 1974. Variação da estrutura da mata galeria na bacia do rio Corumbataí (SP) em relação à água do solo, do tipo de margem e do traçado do rio. São Paulo: Universidade de São Paulo, Instituto de Geografia (Série Biogeografia, 8), 28p.

Van Den Berg E e Oliveira-Filho AT. 2000. Composição florística e estrutura fitossociológica de uma floresta ripária em Itutinga, MG, e comparação com outras áreas. Revista Brasileira de Botânica 23(3): 231-253.

Vilela EA, Oliveira-Filho AT, Gavilanes ML e Carvalho DA. 1993. Espécies de matas ciliares com potencial para estudos de revegetação do Alto Rio Grande, sul de Minas. Revista Árvore 17(2): 117-128.

Zipparro VB e Schlittler FHM. 1992. Estrutura da vegetação arbórea na mata ciliar do Ribeirão Claro, Município de Rio Claro - SP. In: Congresso Nacional sobre Essências Nativas, 2. p. 212- 218.

Downloads

Publicado

2018-06-21

Como Citar

LACERDA, A. V. de; BARBOSA, F. M. Fitossociologia de vegetação arbustivo-arbórea em uma área de mata ciliar no semiárido paraibano, Brasil. Gaia Scientia, [S. l.], v. 12, n. 2, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n2.35719. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/35719. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais