Avaliação do tamanho e peso de propágulos das espécies pioneiras de mangue na formação de plântulas para a recuperação de manguezais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n3.39306

Resumo

As espécies de Laguncularia racemosa e Avicennia schaueriana são pioneiras, importantes no reflorestamento de áreas degradadas de manguezal. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o tamanho e peso dos propágulos das espécies Laguncularia racemosa e Avicennia schaueriana na germinação e formação de plântulas mais vigorosas para produção de mudas. O experimento foi conduzido no Instituto Federal do Ceará, localizado no município de Acaraú no estado do Ceará. Em Laboratório, os propágulos passaram por assepsia, foram triadas por dimensões e sanidade, totalizando 3 grupos com 10 propágulos de cada espécie. Os propágulos foram semeados em embalagens retangular de polietileno transparente, o substrato utilizado foi areia lavada e o experimento foi conduzido em condições ambiente. Foram realizadas análises da porcentagem de germinação, Índice de velocidade de germinação e Índice de qualidade de Dickson. Os resultados permitiram concluir que o tamanho e peso dos propágulos de Laguncularia racemosa e Avicennia schaueriana de maior peso e tamanho formaram plântulas mais vigorosas, uma característica importante de mudas para reflorestamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Neilson Rocha da Silva

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Durante a graduação desenvolveu trabalhos acadêmicos com artrópodes associados ao solo de agroecossistemas como pastagem, cultivo de feijão calpi, mandiocal e floresta; fertilidade e manejo do solo. Mestrado em Tecnologia e Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Fortaleza, desenvolvi pesquisa sob o monitoramento da estrutura vegetal de manguezais impactados com subsídio para recuperação de manguezais.

Rafaela Camargo Maia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2003), Mestrado em Ecologia e Conservação pela mesma Universidade (2006) e Doutorado em Biologia Marinha pela Universidade Federal Fluminense (2010). É Professora Efetiva, em cursos técnicos, de graduação e pós-graduação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Foi Coordenadora de Pesquisa e Inovação no IFCE campus Acaraú (2012 e 2013). É líder do Grupo de pesquisa em Ecologia e Conservação de Manguezais e Coordena o Laboratório ECOMANGUE. Professora do Programa de Pós-graduação em Tecnologia e Gestão Ambiental do IFCE, campus Fortaleza e foi responsável pelo curso de Pós-graduação (especialização) em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional do IFCE campus Acaraú (2015-2018). Foi editora-chefe do Periódico Conexões: Ciência e Tecnologia (2013-2017). É Coordenadora do Núcleo de Pesquisa Aplicada em Pesca e Aquicultura - nordeste IX. É membro do Comitê de Ética em Pesquisa com Experimentação Animal do IFCE. Está fazendo Pós-doutorado no Laboratório de Adaptações de Animais Marinhos (ADAM) na Universidade de Vigo, em Vigo, Espanha. Tem experiência na área de Ecologia e Biologia Marinha, atuando principalmente nos seguintes temas: estuário, manguezal e malacologia.

Referências

ALMEIDA, D. S. 2016. Recuperação ambiental da Mata Atlântica. 3ª edição, 200p, Editus. Ilhéus, BA. DOI:https://doi.org/10.7476/9788574554402.

AMARAL, A. D. 2010. Qualidade de sementes de Canola classificadas por densidade em diferentes condições de déficit hídrico e de profundidade de semeadura. 2010. 61 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria/RS.

BERNINI, E.; REZENDE, C.E. 2004. Estrutura da vegetação em florestas de mangue do estuário do rio Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v. 18, n. 3, p. 491-502. DOI:http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062004000300009.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12651compilado.htm>. Acessado em 06 de fevereiro de 2017.

CALEGARIO, G. 2012. Aspectos estruturais da vegetação do manguezal do estuário do Rio São João, RJ. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais) – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Campos dos Goitacazes – RJ.

CAVALCANTI, V. F.; ANDRADE, A. C. S.; SOARES, M. L. G. 2007. Germination of Avicennia schaueriana and Laguncularia racemosa from two physiographic types of mangrove forest. Aquatic Botany, v. 86, n.3, p. 285–290. DOI: https://doi.org/10.1016/j.aquabot.2006.10.008.

CAMARGO, L.; PELLERIN, J.; PANITZ, C.M.N. 2004. Derivation and aplication of algorism of 5 meters (image mask) for mangrove classification. Gayana, Concepcíon, v. 68, n. 2, p. 77-82. DOI:http://dx.doi.org/10.4067/S0717-65382004000200015.

CARVALHO, N.M. NAKAGAWA, J. 2000. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4.ed. 588p. Jaboticabal: FUNEP.

DICKSON, A.; LEAF, A.L.; HOSNER, J.F. 1960. Quality appraisal of white spruce and white pine seedling stock in nurseries. Forest Chronicle, Mattawa, v. 36, p.10-13. DOI: https://doi.org/10.5558/tfc36010-1.

FINNEY W. Comparative growth and propagule viability of Louisiana-harvested black mangrove, Avicennia germinans. 2011. 34 f. Thesis (Master of Science in Marine and Environmental Biology) – Nicholls State University, Thibodaux, LA (US). 34 p. 2011.

GONÇALVES, J. L. de M.; SANTARELLI, E. G.; MORAES NETTO, S. P. de; MANARA, M. P.; STAPE, J. L. 2000. Produção de mudas de espécies nativas: substrato, nutrição, sombreamento e fertilização. In: Nutrição e fertilização florestal. Piracicaba: IPEF.

GUERRERO, R.; GUILLEN CASTILLO, D.A.; NAVAS DURAN, M.A. 1992. Determination of the natural regeneration capacity of four species in the swamp El Amatal and ex situ germination test of the black mangrove (Avicennia nitida J). El Salvador Univ., San Salvador (El Salvador). Facultad De Ciencias Agronomicas. Disponível em: http://agris.fao.org/agris-search/search.do?recordID=SV19930026396.

HOSSAIN, M. et al. 2014. Salinity influence on germination of four importante Mangrove species of the Sundarbans, Bangladesh. Agriculture and Forestry, Podgorica, vol. 60, n. 2, p. 125-135. DOI:https://www.researchgate.net/publication/263480282.

INMET – Instituto Nacional de Meteorologia. 2017. Consulta Dados da Estação Automática: Acaraú (CE). Disponível em http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas. Acessado em 10 julho de 2017.

KIKUTI, A. P. et al. 2005. Interferência da assepsia em sementes de pimentão submetidas ao teste de envelhecimento acelerado. Revista Brasileira de Sementes, Londrina – PR, vol. 27, nº 2, p.44-49. DOI:http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31222005000200007.

LIMA, P. C. F. Áreas degradadas: métodos de recuperação no semi-árido brasileiro. XXVII Reunião Nordestina de Botânica. Anais... Petrolina, 2004.

MAIA, L. P. et al. Atlas dos Manguezais do Nordeste do Brasil: Avaliação das Áreas de Manguezais dos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. SEMACE: Fortaleza, 2006.

MAGUIRE, J.D. 1962. Speeds of germination-aid selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, Madison, v.2, p.176-177. DOI:http://dx.doi.org/10.2135/cropsci1962.0011183X000200020033x.

MEIRELES, A. J. de A. et al. 2007. Impactos ambientais decorrentes das atividades da carciniculturaao longo do litoral cearense, Nordeste do Brasil. Revista de Geografia, Fortaleza, Universidade Federal do Ceará. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/237031619.

MUNIZ, M. F. B.; SILVA, L. M.; BLUME, E. 2007. Influência da assepsia e do substrato na qualidade de sementes e Mudas de espécies florestais. Revista Brasileira de Sementes, Londrina – PR, vol. 29, nº 1, p.140-146. DOI:http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31222007000100019.

NANNI, H.C.; NANNI, S.M. 2005. Preservação dos manguezais e seus reflexos. XII SIMPEP, Anais... Bauru/SP, Brasil.

OLIVEIRA, V. F. 2005. Influência do estresse hídrico e salino na germinação de propágulos de Avicennia schaueriana Stapf e Leechman ex Moldenke e Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. f. 82 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

PEDRON, F. de A.; MENEZES, J. P.; MENEZES, N. L. 2004. Parâmetros biométricos de fruto, endocarpo e semente de butiazeiro. Ciência Rural, Santa Maria, vol.34, n.2. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-84782004000200040.

PEREIRA, G. A. et al. 2009. Desinfestação e estabelecimento in vitro de explantes de bananeira ´IAC 2001´ em diferentes concentrações de hipoclorito de sódio. Tecnologia & Ciência Agropecuária, João Pessoa, v.3, n.2, p. 43-46. DOI: https://www.researchgate.net/publication/239554258.

PINHO, K. da C. Esterilização química de meio de cultura para micropropagação de Cana-de-Açúcar [Saccharum spp.]. 2012. 48 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia. Campos dos Goytacazes – RJ, Março/2012.

POMPEI, C. S. et al. 2014. Estudio multidisciplinario del ecosistema manglar en la comunidad tradicional de Curral Velho: Análisis de los servicios ecosistémicos producidos por los manglares a partir de la percepción de la comunidad de Curral Velho. Proyecto Final de Licenciatura, Ciencias Ambientales. Bellaterra, Juny 2014. Disponível em: <https://ddd.uab.cat/pub/trerecpro/2014/hdl_2072_248363/PFC_BriansoVide.pdf>.

PURNOBASUKI, H.; UTAMI, E. S. W. 2016. Seed germination of Avicennia marina (Forsk.) Vierh. by pericarp removal treatment. Biotropia, Indonésia, vol. 23, n. 2, p. 74 – 83. DOI: http://dx.doi.org/10.11598/btb.2016.23.2.349.

RYCKA, D. J. R. et al. 2012. Size does matter, but not only size: Two alternative dispersal strategies for viviparous mangrove propagules. Aquatic Botany, v. 103, p. 66–73. DOI: https://doi.org/10.1016/j.aquabot.2012.06.005.

SÃO PAULO; SEMA – Secretaria de Meio Ambiente. 2014. Manual de Orientação para Implantação de Viveiro de Mudas. São Paulo. Disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/2014/11/24/manual-de-orientacao-dara-implantacao-de-viveiro-de-mudas/.

SILVA, M. A. B.; BERNINI, E.; CARMO, T. M. S. 2005. Características estruturais de bosques de mangue do estuário do rio São Mateus, ES, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v. 19, n. 3, p. 465-471. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062005000300006.

SKARPAAS, O. et al. 2011. Are the best dispersers the best colonizers? 5 Seed mass, dispersal and establishment in Carduus thistles. Evolutionary Ecology, v. 25, n. 1, p.155-169. DOI: 10.1007/s10682-010-9391-4.

SOARES, M. L. G. et al. 2008. Caracterização das florestas de mangue do complexo estuarino de Caravelas (Bahia-Brasil). Boletim Técnico Cientifico, Tamandaré – PE, v. 16, n. 5, p. 23-41. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/256444396.

SOUSA, W. P.; KENNEDY, P. G.; MITCHELL, B. J. 2003. Propagule size and predispersal damage by insects affect establishment and early growth of mangrove seedlings. Oecologia, v.135, n.4, p.564-75. DOI:10.1007/s00442-003-1237-0.

SREY, S. JAHID, I. K.; HA, S. 2013. Biofilm formation in food industries: A food safety concern. Food Control, v. 31, n. 2, p. 572 – 585. DOI: https://doi.org/10.1016/j.foodcont.2012.12.001.

TURNBULL, L. A.; REES, M.; CRAWLEY, M. J. 1999. Seed mass and the competition/colonization trade-off: a sowing experimente. Journal of Ecology, V. 87, n. 5, P. 899–912. DOI: https://doi.org/10.1046/j.1365-2745.1999.00405.x.

WAYCOTT, M. et al. 2009. Accelerating loss of seagrasses across the globe threatens coastal ecosystems. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, Estados Unidos, vol. 106, n. 30, P. 12377–12381. DOI: https://doi.org/10.1073/pnas.0905620106.

Downloads

Publicado

2018-12-28

Como Citar

SILVA, N. R. da; MAIA, R. C. Avaliação do tamanho e peso de propágulos das espécies pioneiras de mangue na formação de plântulas para a recuperação de manguezais. Gaia Scientia, [S. l.], v. 12, n. 3, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n3.39306. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/39306. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais