Prevalência de Blastocystis spp. provenientes de amostras fecais de moradores de dois biomas mato-grossenses

Autores

  • Wilma Nunes Martins Zorzan Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Luciana Melhorança Moreira Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Samuel Laudelino Silva Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Solange Kimie Ikeda Castrillon Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Marília Ferreira Lima Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Maria Eugênia Villarruel da Silva Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Stephany Seraglio Santos Cabral Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Lucas França de Barros Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Jeffrey Jon Shaw Universidade de São Paulo - USP
  • Antonio Francisco Malheiros Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2020v14n3.46416

Resumo

Este trabalho teve por objetivo avaliar o percentual de positividade de Blastocystis spp. na população de quatro municípios de dois biomas do estado de Mato Grosso. As coletas de fezes foram realizadas nos municípios de Barão de Melgaço, Cáceres, Nova Xavantina e Cuiabá, nos biomas Pantanal e Cerrado. Foram coletadas 708 amostras fecais, o grupo amostral foi dividido em duas categorias sendo 350 provenientes do grupo I, o qual compreendia uma população composta por integrantes com idade entre 5 a 15 anos e 358 provenientes do grupo II, composto por integrantes com idade de 16 anos acima, destas 17,93% estavam positivas para Blastocystis spp, sendo que 11,15% eram amostras de pertencentes ao primeiro grupo e 6,77% referentes ao segundo grupo. Barão de Melgaço foi o município que apresentou a maior positividade (25,5%), e Cáceres a menor (7%). O bioma Cerrado apresentou um percentual maior de amostras positivas na população geral (21,10%) em relação ao Pantanal (15,5%). Houve diferença significativa para o percentual de positividade com relação à faixa etária, não havendo diferença entre os indivíduos por sexo ou por biomas. Este trabalho possibilitou um maior conhecimento sobre a realidade mato-grossense quanto à infecção por Blastocystis spp.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Antonio Francisco Malheiros, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

Professor adjunto da Faculdade de Ciências Agrárias, Curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado de Mato Grosso. Também credenciado junto ao Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais da UNEMAT.

Referências

Aguiar JIA, Gonçalves AQ, Sodré FC, Pereira, SR, Bóia, MN, Lemos ERS, Daher, R R. 2007. Intestinal protozoa and helminths among Terena Indians in the State of Mato Grosso do Sul. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 40 (6): 631-634.

Alarcón, RSR, Amato Neto V, Gakiya E, Bezerra RC. 2007. Observações sobre Blastocystis hominis e Cyclospora cayetanensis em exames parasitológicos efetuados rotineiramente. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 40 (2): 253-255.

Amato Neto V, Alarcón RSR, Gakiya E, Bezerra RC, Ferreira CS, Braz LMA. 2003. Blastocistose: controvérsias e indefinições. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 36: 515-517.

Amato Neto V, Alarcon RSR, Gakiya EG; Ferreira CS, Bezerra RC, Santos AG. 2004. Elevada porcentagem de blastocistose em escolares de São Paulo, SP. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 37 (4): 354-356.

Cheng HS, Haung ZF, Lan WH, Kuo TC, Shin JW. 2006. Epidemiology of Blastocystis hominis and other intestinal parasites in a vietnamese female immigrant population in Southern Taiwan. J. Med. Sci., 22:166–70.

Cimerman S, Ladeira MCT, Iuliano WA. 2003. Blastocistose: nitazoxanida como nova opção. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 36 (3): 415-417.

Devera RA. 1999. Blastocystis hominis parasita intestinal pouco estudado no Brasil. Jornal Brasileiro de Medicina, 76: 85-89.

Devera RA, Velásquez V J, Velásquez MJ. 1998. Blastocistosis en pre-escolares de Ciudad Bolívar, Venezuela. Cad. Saúde Pública, 14(2):401-407.

Devera, RA. 1998. Blastocystis hominis: o enigma continua. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 31(5):491-493.

Eymael D, Schuh GM, Tavares RG. 2010. Padronização do diagnóstico de Blastocystis hominis por diferentes técnicas de coloração. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 43 (3): 309-312.

Garcia LS, Bruckner DA, Clancy, MN. 1984. Clinical relevance of Blastocystis hominis. The Lancet, 323 (8388) :1233–1234.

Gil FF, Barros MJ, Macedo NA, Júnior CG, Redoan R, Busatti H, Gomes MA, Santos JF. 2013. Prevalence of intestinal parasitism and associated symptomatology among hemodialysis patients. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 55 (2): 69-74. 2013.

Guimarães S and Sogayar MI. 1993. Blastocystis hominis: occurrence in children and staff members of municipal day-care center from Botucatu, São Paulo, Brazil. Mem. Ist. Oswaldo Cruz, 88 (3): 427 – 9.

Jelinek T, Peyerl G, Lo Scher T, Von Sonnenburg F, Nothdurft HD. 1997. The role of Blastocystis hominis as a possible intestinal pathogen in travellers. J. Infect., 35:63–66.

Kain KC, Noble MA, Freeman HJ, Barteluk RL. 1987. Epidemiology and clinical features associated with Blastocystis hominis infection. Diagn. Microbiol. Infect. Dis., 8: 235–244.

Kobayashi J, Hasegawa H, Forli AA, Nishimura NF, Yamanaka A, Shimabukuro T, Sato Y. 1995. Prevalence of intestinal parasitic infection in five farms in Holambra, São Paulo, Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de Sao Paulo, 37(1):13-18.

Lu CT and Yung YJ. 2009. Epidemiology of Blastocystis sp. hominis and other intestinal parasites among the immigrant population in northeastern Taiwan by routine physical examination for residence approval. Journal Microbioly Immunology and Infection, 2(1):505–509.

Machado, RC, Marcari EL, Cristante SFV, Carareto CMA. 1999. Giardíase e Helmintíases em crianças de creches e escolas de 1º e 2º graus (públicas e privadas) da cidade de Mirassol (SP, Brasil). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 32 (5): 697-704.

Malheiros, A. F.; Stenvold, C. R.; Clark, C. G.; Braga, G. B.; Shaw, J. J. 2011. Molecular Characterization of Blastocystis spp. obtained from Members of the Indigenous Tapirapé Ethnic Group from the Brazilian Amazon Region, Brazil. American Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 85, n. 6, p. 1050–1053.

Martins LPA, Serapião AATB, Valenciano RF, Pires JEE, Castanho REP. 2007. Frequência de Blastocystis hominis e outras enteroparasitoses em amostras fecais analisadas no laboratório de Parasitologia da Faculdade de Medicina de Marilia-SP. Revista de Parasitologia Tropical, 36 (1): 47-53.

Masry NA, Bassily S, Farid Z, Aziz AG. 1990. Potential clinical significance of Blastocystis hominis in Egypt. R. Soc. Trop. Med. Hyg, 84:695.

Nascimento AS and Moitinho MLR. 2005. Blastocystis hominis and other intestinal parasites in a community of Pitanga City, Paraná State, Brazil. Rev. Inst. Med. Trop., 47: 213-217.

Nicésio RG. 2010. Biomedicina Brasil. Disponivel em:http://www.biomedicinabrasil.com/2010/11/exames-coprologicos.html. Acesso em 20/11/2014.

Nimri LF. 1993. Evidence of an epidemic of Blastocystis hominis infections in preschool children in northern Jordan. J. Clin. Microbiol., 31: 2706–2708.

Nolla AC e Cantos GA. 2005. Relação entre a ocorrência de enteroparasitoses em manipuladores de alimentos e aspectos epidemiológicos em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Cad. Saúde Pública, 21(2):641-645.

Portal Saneamento Básico. Estudo aponta MT como o 9º pior em serviço de água e esgoto no país. Disponível em: http://www.saneamentobasico.com.br/portal/index.php/concessoes/estudo-aponta-mt-como-o-9o-pior-em-servico-de-agua-e-esgoto-no-pais/. Acesso em 24/04/2016

Silberman JD, Sogin ML, Leipe DD, Clark CG. 1996. Human parasite finds taxonomic home. Nature, 380 (6573):398.

Silva AA. 2006. Incidência de Blastocystis hominis na População da Cidade do Rio de Janeiro, R J. News Lab, 76: 86-96.

Stenzel DJ and Boreham, PF. 1996. Blastocystis hominis revisited. Clin. Microbiol. Rev., 9: 563–584.

Takizawa MGMH, Falavigna DLM, Gomes ML. 2009. Enteroparasitosis and their ethnographic relationship to food handlers in a tourist and economic center in Paraná, Southern Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 51: 31-35.

Tan KSW. 2008. New Insights on Classification, Identification, and Clinical Relevance of Blastocystis spp. Clinical Microbiology Reviews, 21(4): 639–665.

Torres P, Miranda JC, Flores L, Riquelme J, Franjola R, Perez J, Auad S, Hermosilla C, Riquelme S. 1992. Blastocystosis and other intestinal protozoan infections in human riverside communities from Valdivia River Basin, Chile. Rev. Inst. Med. Trop., 34:557–564.

Uchôa CMA, Lobo AGB, Bastos OMP, Matos AD. 2001. Parasitoses intestinais: prevalência em creches comunitárias da cidade de Niterói, Rio de Janeiro – Brasil. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 60 (2):97-101.

Visser S, Giatti LL, Carvalho RAC, Guerreiro JCH. 2011. Estudo da associação entre fatores socioambientais e prevalência de parasitose intestinal em área periférica da cidade de Manaus (AM, Brasil). Cienc Saúde Coletiva, 16(8):3481-92.

Downloads

Publicado

2020-09-30

Como Citar

ZORZAN, W. N. M.; MOREIRA, L. M.; SILVA, S. L.; CASTRILLON, S. K. I.; LIMA, M. F.; DA SILVA, M. E. V.; CABRAL, S. S. S.; DE BARROS, L. F.; SHAW, J. J.; MALHEIROS, A. F. Prevalência de Blastocystis spp. provenientes de amostras fecais de moradores de dois biomas mato-grossenses . Gaia Scientia, [S. l.], v. 14, n. 3, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2020v14n3.46416. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/46416. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais