UHE MACHADINHO E ICTIOFAUNA: IMPACTOS AO LONGO DOS DEZ PRIMEIROS ANOS APÓS A SUA CONSTRUÇÃO

Autores

  • Gianfrancisco Schork Universidade Federal do Sul da Bahia
  • Evoy Zaniboni-Filho Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Agua Doce (LAPAD).

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2020v14n2.50437

Resumo

O objetivo deste trabalho foi investigar as alterações ocorridas na assembleia de peixes ao longo dos dez anos subsequentes à formação do reservatório da UHE de Machadinho, região do Alto Rio Uruguai. Para tal, realizaram-se coletas com periodicidade sazonal entre 2002 e 2011. Ao total, foram capturados 41.168 indivíduos, distribuídos em 7 ordens, 21 famílias, 43 gêneros e 65 espécies. A ictiofauna do reservatório foi dominada por espécies oportunistas, sedentárias e de pequeno porte, sobretudo lambaris e mandis - Astyanax fasciatus e Parapimelodus valenciennis – que somaram mais de 48% dos indivíduos capturados. Quanto à biomassa, o piscívoro Acestrorhynchus pantaneiro foi a espécie mais capturada, possivelmente favorecido pelo aumento populacional de espécies forrageiras. A presença de espécies migradoras foi rara, refletindo a ausência de trechos lóticos bem estruturados para garantir os diferentes habitats necessários para que estas espécies completem seu ciclo de vida. De uma forma geral, as curvas de k-dominância indicaram uma comunidade de peixes moderadamente perturbada ao longo de todo período de estudo. Quanto às mudanças temporais, a análise de agrupamento indicou alterações graduais da ictiofauna: evidentes reflexos dos impactos iniciais causados pelo barramento já no ano de 2002; nova desestabilização da assembleia causada por fatores abióticos em 2006; tendência de estabilização no reservatório nos últimos cinco anos monitorados.

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Publicado

2020-07-31

Como Citar

SCHORK, G.; ZANIBONI-FILHO, E. UHE MACHADINHO E ICTIOFAUNA: IMPACTOS AO LONGO DOS DEZ PRIMEIROS ANOS APÓS A SUA CONSTRUÇÃO. Gaia Scientia, [S. l.], v. 14, n. 2, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2020v14n2.50437. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/50437. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais

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