Indicadores de sustentabilidade: um olhar ecossistêmico sobre a gestão socioambiental da Região Metropolitana de Natal (RMN) no contexto pandêmico
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2022v16n3.64155Resumo
A pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 causou desequilíbrios sociais e ambientais, principalmente em regiões urbanas mais vulneráveis. Compreender a relação entre a saúde da população e a qualidade dos ambientes urbanos contribui para uma visão preventiva e no controle de surtos epidêmicos. A Região Metropolitana de Natal (RMN) é constituída por municípios com insuficiente taxa de saneamento e um alto grau de pobreza, propício para a repercussão de novos patógenos. Com o intuito de contribuir com a gestão dos impactos deste cenário, foi investigado neste trabalho a incidência, mortalidade e fatalidade do vírus SARS-CoV-2 e a sua relação com 15 indicadores descritores de características sociodemográficas, de saneamento básico e ocupação do solo, através do modelo FPSEEA (Forças-Motrizes-Pressões-Situação-Exposição-Efeitos-Ações). A partir de uma análise descritiva multivariada, utilizando o método de clustering hierárquico, quatro agrupamentos associados à Saúde Ambiental foram gerados. As técnicas estatísticas indicaram a relação entre a falta de infraestrutura em saneamento ambiental e alta cobertura destinada à agropecuária nos dois primeiros grupos (Cluster 1 e 2), enquanto, nos grupos mais urbanizados (Cluster 3 e 4), foi observado um padrão que concentrou as maiores consequências dos vários processos urbanos que influenciaram a COVID-19 na RMN.