Pegada hídrica do feijão irrigado para o Médio Norte do estado de Mato Grosso

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DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2024v18n1.69314

Resumo

O setor agrícola brasileiro é um segmento muito expressivo quanto à utilização dos recursos hídricos, principalmente no estado de Mato Grosso, mais precisamente na região de transição Cerrado-Amazônia, que abriga um dos maiores polos de irrigação do país. Visto que os recursos hídricos são finitos e sua utilização é intensiva, a quantificação do uso da água pela agricultura pode contribuir para a adoção de políticas públicas de gestão de recursos hídricos. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi determinar experimentalmente a Pegada Hídrica do feijão de inverno irrigado para o Médio Norte do estado de Mato Grosso. Por meio dos dados climáticos obtidos no local do experimento e do uso software CROPWAT foi possível calcular a demanda evapotranspirométrica da cultura do feijão (Dama Carioca TAA S2) na região e realizar o balanço de irrigação nos anos de 2021 a 2023. As Pegadas Hídricas verde e azul foram obtidas utilizando a evapotranspiração da cultura para calcular a demanda hídrica com média de 2.381,0 m3.ha-1, enquanto a Pegada Hídrica cinza foi calculada com base na taxa de aplicação de fertilizante nitrogenado nas culturas de 100 kg.ha-1, e sua lixiviação no solo com média de 342,44 m3.t-1, destacando a importância do controle adequado da aplicação de fertilizantes. Na área de estudo o feijão da variedade Dama Carioca TAA S2 foi cultivada apresentando uma boa produtividade média de 2.921,0 kg.ha-1, superando as médias regionais e nacional. A média da Pegada Hídrica Total do feijão foi de 1.157,96 m3.t-1, sendo 70,43% atribuídos à Pegada Hídrica Azul (815,52 m3.t-1) e 29,57% atribuídos à Pegada Hídrica Cinza (342,44 m3.t-1). A ausência de Pegada Hídrica Verde (0%) reflete a prática de plantio durante o período seco. Os resultados indicaram que a Pegada Hídrica se apresentou como um ótimo indicador do consumo de água para a produção de feijão da variedade Dama Carioca TAA S2 na região Médio Norte de Mato Grosso. Esses resultados têm implicações valiosas para a agricultura sustentável, enfatizando a importância do manejo consciente dos recursos hídricos para melhorar a produção agrícola, uma vez que o indicador de Pegada Hídrica contribui para discussões de potencialidades de plantio de culturas em determinadas regiões.

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Biografia do Autor

Frederico Terra de Almeida, Federal University of Mato Grosso - UFMT Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT - Campus de Sinop - CUS Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais -

Admitido em 27/03/2006, é hoje Professor Associado III da Universidade Federal de Mato Grosso - Campus de Sinop - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais - UFMT - CUS - ICAA, atuando na graduação na área de Engenharias - Recursos Hídricos e Hidrologia, e na pós-graduação na área de Recursos Hídricos e Hidrossedimentologia.

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Publicado

2025-06-29

Como Citar

SILVA, Celio Jacinto da Silva; ALMEIDA, Frederico Terra de; BORELLA, Daniela Roberta Borella; ARAUJO, Handrey Borges de Araújo; SOUZA, Adilson Pacheco de Souza; SALVIANO DIAS PAULISTA, Rhavel. Pegada hídrica do feijão irrigado para o Médio Norte do estado de Mato Grosso. Gaia Scientia, [S. l.], v. 18, n. 1, p. 89–109, 2025. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2024v18n1.69314. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/69314. Acesso em: 10 nov. 2025.

Edição

Seção

Ciências Ambientais

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