DESVENDANDO O MITO DA BELEZA: A FALA MÍTICA COMO UMA VIOLÊNCIA SIMBÓLICA DE GÊNERO NA REPRESENTAÇÃO PUBLICITÁRIA DA MULHER

Autores

  • Beatriz Molari Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2179-7137.2019v8n1.45594

Palavras-chave:

Mito da Beleza. Violência simbólica de gênero. Mito. Publicidade.

Resumo

Este artigo tem como objetivo abordar através da perspectiva semiológica de Roland Barthes a manifestação do mito da beleza nas imagens publicitárias da empresa Alezzia Móveis que foram alvo de denúncias pelo público e motivou a abertura de uma ação pelo CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). O aporte teórico se concentra na fundamentação do mito da beleza desenvolvida pela autora Naomi Wolf, qual demonstra as aplicações da ideologia da beleza como uma coerção social imposta à imagem da mulher. Por esta característica agressiva, o mito da beleza exerce uma forma de violência simbólica, afirmação fundamentada em Pierre Bourdieu. A perspectiva da ideologia da beleza como um mito é baseada nas contribuições de Roland Barthes acerca dos estudos do mito na imagem. As análises de imagens publicitárias confirmaram a fala mítica como uma violência simbólica imposta à imagem da mulher representada na mídia publicitária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Beatriz Molari, Universidade Estadual de Londrina

Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação e Imagem e bacharela em Comunicação Social, ambos pela Universidade Estadual de Londrina

Referências

BARTHES, Roland. Elementos de semiologia. São Paulo: Editora Cultrix, 1971.

________________. Mitologias. 6 ed. São Paulo: Difusão Editorial, 1985.

________________. A mensagem publicitária. In: BARTHES Roland, A aventura semiológica. Lisboa: Edições 70, 1987. p. 165-169.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: fatos e mitos. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

_________________. A dominação masculina. 11 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

CIRNE, Moacy da Costa. Para ler os quadrinhos: da narrativa cinematográfica à narrativa quadrinizada. Petrópolis: Vozes, 1972.

CONAR. Allezia Móveis. 2017. Disponível em: < http://www.conar.org.br/processos/detcaso.php?id=4537 >. Acesso em: 10 jan. 2018.

HEADS. Todxs por elas. 2016. Disponível em: < http://www.heads.com.br/estudos/36/todxs-por-elas >. Acesso em: 10 jan. 2018.

OLIVEIRA, Ana Cláudia de; FERNANDES, Cíntia Sanmartin; SILVA, Simone Bueno da. A construção do corpo feminino na mídia semanal. Comunicação, Mídia e Consumo, São Paulo, v. 6, n. 17, p.11-36, nov. 2009. Quadrimestral.

PADILLHA, Conrado Valle de Queiroz. O conceito de mito na obra de Roland Barthes: desdobramentos e atualidade. 2014. 70 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo: 2014. Disponível em: < https://tede2.pucsp.br/handle/handle/4643 > Acesso em: 9 jan. 2018.

PATRÍCIA GALVÃO, Instituto. Pesquisa Representações das mulheres nas propagandas de TV. 2013. Disponível em: < http://agenciapatriciagalvao.org.br/mulher-e-midia/pautas-midia/pesquisa-revela-que-maioria-nao-ve-as-mulheres-da-vida-real-nas-propagandas-na-tv/ >. Acesso em: 10 jan. 2018.

WOLF, Naomi. O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. São Paulo: Rocco, 1992.

Publicado

2019-04-25

Como Citar

MOLARI, B. DESVENDANDO O MITO DA BELEZA: A FALA MÍTICA COMO UMA VIOLÊNCIA SIMBÓLICA DE GÊNERO NA REPRESENTAÇÃO PUBLICITÁRIA DA MULHER. Gênero &amp; Direito, [S. l.], v. 8, n. 1, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.2179-7137.2019v8n1.45594. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/45594. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Mídia, Gênero & Direitos Humanos