DAS POLÍTICAS DE INDUSTRIALIZAÇÃO E SEU IMPACTO NO ENSINO DE FILOSOFIA
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v16i1.70979Palavras-chave:
Educação, Ensino de Filosofia, Currículo Paulista, Direito do Trabalho, Políticas de IndustrializaçãoResumo
Educação e trabalho, ora intrinsecamente ligados, foram ganhando diversas conceituações e valorações ao longo da existência humana. As sociedades menos complexas conseguiram visualizar a educação no próprio processo do trabalho. Já nas civilizações mais complexas, a educação e o trabalho foram sendo estruturadas conforme os interesses das classes dominantes e foram sendo utilizadas como instrumentos de controle. As políticas de industrialização surgidas na Europa e absorvidas pelo Brasil foram impostas como sinônimo de progresso civilizatório, transformando o mundo do trabalho, e essas políticas têm se apropriado da área da educação. Contudo, ainda que exista uma relação entre o direito à educação e o direito ao trabalho, nos cabe refletir como essa relação tem se desenvolvido dentro de uma sociedade capitalista, e como essa relação tem afetado a formação na educação básica. Diante disso, partindo de uma análise histórico-filosófica e de uma análise dos diplomas legais sobre essa temática, o presente artigo visa pensar os impactos das políticas de industrialização sobre a educação brasileira, especificamente no ensino de Filosofia do Estado de São Paulo após a reforma da educação e criação do novo Currículo Paulista.
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