RECUSA A FUGA
ZOOPOÉTICA EM FUNDO FALSO
Palavras-chave:
Zoopoética, Fundo Falso, Monica de AquinoResumo
O artigo busca analisar poemas do livro Fundo Falso, obra finalista do Jabuti em 2019, da poeta Mônica de Aquino, à luz da corrente literária zoopoética. Maria Esther Maciel, maior pesquisadora da zoopoética no Brasil, oferece reflexões sobre a trajetória histórica da construção da zoopoética e termos que serão usados como base teórica, pois problematizam e contextualizam a representação dos animais no nível do poema, bem como o conceito de “outridade”, comparando a relação com o animal e a razão humana. Além disso, Jacques Derrida também será objeto teórico com seu livro O animal que logo sou, que disponibiliza forte reflexão sobre o sentimento de vergonha do ser humano ao estar nu diante de um animal – o termo “animal-estar”, que reflete a presença animal e os sentimentos humanos perante a ela, fortemente expresso ao longo da pesquisa. Derrida também reflete sobre o olhar animalesco como forma de comunicação, devido à ausência de linguagem humana no animal. Assim, a pesquisa dispõe de termos teóricos da corrente da zoopoética a fim de analisar os poemas de Mônica de Aquino que contêm representações animalescas.