Fragmentos cortantes e reflexivos do Eu
investigações sobre o duplo/espelho na psicanálise e em Saramago
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2764-4251.2022.n2.66081Palavras-chave:
Duplo, Imagem especular, Espelho, Narciso, SaramagoResumo
Em psicanálise, Otto Rank expõe um trabalho bastante significativo para os estudos da duplicidade do sujeito, uma vez que se vale de filmes e narrativas fantásticas para exemplificar a tese do “duplo”. Assim, o duplo, em literatura, é bastante recorrente, pois se apresenta sob profusos andrajos, porquanto corresponda à própria imagem do protagonista. Nesse corolário, debruçar-nos-emos sobre O homem duplicado (2002), de José Saramago, a fim de esmiuçar a claudicante identidade do personagem Tertuliano, que se conecta ao mundo, esquizofrenicamente, e, por consequência, identifica-se com os pedaços de subjetividade que projeta, inadvertidamente, nos outros, irreconhecíveis em virtude da cegueira racional que o envolve. Na obra, o professor Tertuliano Afonso, após assistir a um vídeo, cujo conteúdo lhe é (in)familiar, funde-se, delirantemente, a uma imagem que lhe é idêntica. Para tanto, recorremos a estudos psicanalíticos que postulam acerca do “duplo”, da esquizofrenia e de outros abalos psicóticos, desenvolvidos, amiúde, em textos de Sigmund Freud, Jacques Lacan e Otto Rank.
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