FRANCISCA CLOTILDE, MARIA FIRMINA DOS REIS E HENRIQUETA GALENO
ESCRITORAS E DOCENTES NORDESTINAS OSTRACIZADAS PELO PATRIARCADO ASFIXIANTE DOS SÉCULOS XIX E XX
Palavras-chave:
Literatura e Feminismo, Intelectuais Nordestinas Silenciadas, Escritoras e Professoras dos Séculos XIX e XX e o Patriarcado, Literatura Feminina do NordesteResumo
Francisca Clotilde, Maria Firmina dos Reis e Henriqueta Galeno foram intelectuais nordestinas que se dedicaram ao Magistério e à Literatura nos séculos XIX e XX, quando tanto foram recebidas com aplausos entusiasmados como com apupos desconcertantes. Em um momento no qual as mulheres burguesas não trabalhavam fora do lar, elas, espelhando tantas outras iguais a si, foram desbravadoras e receberam, como pagamento por sua ousadia, uma premiação ambígua: reconhecimento de suas grandezas e silenciamento de suas pessoas, com o subsequente apagamento de seus feitos – o memoricídio que Constância Lima Duarte tanto ressalta. Neste artigo de abordagem qualitativa, uma pesquisa básica que objetiva explorar o tema para posteriores aprofundamentos, apresentamos estas três mulheres – suas vidas e seus legados – para, a seguir, debater sobre o cenário intelectual da época e dos lugares onde elas atuaram, tendo como amparo teórico para isso, pesquisas como as de Duarte (2018; 2017; 2009; 1997), Mendes (2023) e Sá (2018). Concluímos que estudá-las e trazê-las para mais perto de nós nunca foi tão necessário – especialmente agora, após um período de obscurantismo e retrocesso em nível nacional em todos os âmbitos, quando o trio MULHERES-NORDESTE-CULTURA foi alvo de ferozes ataques misóginos, racistas e memoricidas por quatro insuportáveis anos.
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