O marxismo crítico de Guy Debord: Uma revisitação Situacionista de Maio de 1968

Autores

  • Eurico Carvalho Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2016.39570

Palavras-chave:

Capitalismo, Keynesianismo, Marxismo, Neoliberalismo, Situacionismo

Resumo

Neste ensaio, pretendemos evidenciar o marxismo crítico de Guy Debord a partir de uma revisitação de Maio de 1968. Cinquenta anos depois deste evento, com efeito, impõe‑se a pergunta: «Em que medida a definição situacionista da subjectividade anticapitalista ainda mantém a sua pertinência histórico‑crítica?» Não sendo simples, a resposta equivale, afinal, à avaliação do marxismo debordiano, tendo em vista discriminar, a seu respeito, o que está vivo e o que está morto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANTUNES, Ricardo (1999) — Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. Coimbra: Edições Almedina, 2013.

ANTUNES, Ricardo (2009) — «A economia política das lutas sociais». In op. cit., pp. 281-288.

BAKHTINE, Mikhail (1929) — Problems of Dostoevsky's poetics. Trad. de Caryl Emerson. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1999

BOURSEILLER, Christophe (1999) — Vie et mort de Guy Debord. Paris: Pocket, 2016.

CHANG, Ha Joon (2014) — Economia: guia do utilizador. Trad. de Luís Santos. Lisboa: Clube do Autor, 2016.

DEBORD, Guy (1954) — «…Une idée neuve en Europe». In Œuvres. Ed. de Jean Louis Rançon (com a colaboração de Alice Debord) e introdução de Vincent Kaufmann. Paris: Gallimard, 2006, pp. 146-147.

DEBORD, Guy (1955) — «Introduction à une critique de la géographie urbaine». In op. cit., pp. 204-209.

DEBORD, Guy (1963) — «All the king’s men». In op. cit., pp. 613--619.

DEBORD, Guy (1967) — «La société du spectacle». In op. cit., pp. 765-873.

DEBORD, Guy (1968a) — «Rapport sur l’occupation de la Sorbonne». In op. cit., pp. 891-894.

DEBORD, Guy (1968b) — «Adresse à tous les travailleurs». In op. cit., pp. 900-902.

DEBORD, Guy (1972) — «La véritable scission dans l’Internationale». In op. cit., pp. 1087-1186.

DEBORD, Guy (1989) — «Panégyrique, tome premier». In op. cit., pp. 1656-1689.

DEBORD, Guy (1992) — «Avertissement pour la troisième édition française de “La société du spectacle”». In op. cit., pp. 1792-1794.

GABEL, Joseph (1967) — «Prefácio da tradução alemã». In A falsa consciência: ensaio sobre a reificação. Trad. de Alfredo Margarido. Lisboa: Guimarães Editores, 1979, pp. 33-68.

HAYEK, Friedrich (1944) — O caminho para a servidão. Trad. de Marcelino Amaral. Lisboa: Edições 70, 2014.

HORKHEIMER, Max (1947) — O eclipse da razão. Trad. de João Tiago Proença. Lisboa: Antígona, 2015.

HORKHEIMER, Max & ADORNO, Theodor (1944) — La dialectique de la raison. Trad. de Éliane Kaufholz. Paris: Gallimard, 2010.

JAY, Martin (1993) — «From the empire of the gaze to the society of spectacle: Foucault and Debord». In Downcast eyes: the denigration of vision in twentieth century French thought. Berkeley: University of California Press, pp. 416-434.

KEYNES, John Maynard (1930) — «Perspectivas económicas para os nossos netos». In A grande crise e outros textos. Trad. de Manuel Resende. Lisboa: Relógio d’Água, 2009, pp. 119-130.

KEYNES, John Maynard (1936) — Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Trad. de Manuel Resende. Lisboa: Relógio d’Água, 2010.

KEYNES, John Maynard (1937) — «A teoria geral do emprego». In KEYNES (2009), pp. 185-199.

LUKÁCS, Györgi (1923) — Histoire et conscience de classe. Trad. de Kostas Axelos e Jacqueline Bois. Paris: Minuit, 2007.

MATTICK, Paul (1969) — Marx & Keynes: os limites da economia mista. Trad. de Luís Leitão. Lisboa: Antígona, 2010.

MARCUS, Greil (1989) — Lipstick traces: une histoire secrète du vingtième siècle. Trad. de Guillaume Godard. Paris: Galimmard, 2006.

PERNIOLA, Mario (1972) — Los situacionistas: historia crítica de la última vanguarda del siglo XX. 2.ª edição. Trad. de Álvaro Garcia Ormaechea. Madrid: Acuarela & A. Machado, 2010.

POLANYI, Karl (1944) — A grande transformação: as origens políticas e económicas do nosso tempo. Trad. de Miguel Serras Pereira. Lisboa: Edições 70, 2012.

SANTOS, Boaventura de Sousa (2000) — A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. Porto: Edições Afrontamento.

SLOTERDIJK, Peter (1983) — A crítica da razão cínica. Trad. de Manuel Resende. Lisboa: Relógio d’Água, 2011.

STREECK, Wolfgang (2013) — Tempo comprado: a crise adiada do capitalismo democrático. Trad. de Marian Toldy e Teresa Toldy. Coimbra: Actual Editora, 2013.

VANEIGEM, Raoul (1967) — Traité de savoir-vivre à l’usage des jeunes générations. Paris: Gallimard, 1992.

ŽIŽEK, Slavoj (1999) — O sujeito incómodo: o centro ausente da ontologia política. Trad. de Carlos Correia Monteiro de Oliveira. Lisboa: Relógio d’Água, 2009.

ŽIŽEK, Slavoj (2010) — Viver no fim dos tempos. Trad. de Miguel Serras Pereira. Lisboa: Relógio d’Água, 2011.

Arquivos adicionais

Publicado

2018-09-30

Como Citar

Carvalho, E. (2018). O marxismo crítico de Guy Debord: Uma revisitação Situacionista de Maio de 1968. Aufklärung: Revista De Filosofia, 5(2), p.195–208. https://doi.org/10.18012/arf.2016.39570