Filosofia Social e o “Mais IDH”: “Catirina” entre desencanto e emancipação

Autores

  • José Henrique Sousa Assai Universidade Federal do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2016.41958

Palavras-chave:

Filosofia social, O “Social”, “Mais IDH”

Resumo

A filosofia social se propõe a tratar sobre o “Social” (Das Soziale) inserido nas múltiplas formas de vida e compreendido como condição constitutiva para se entender a liberdade e a individualidade. Nesse sentido, a filosofia social se pergunta a respeito não apenas sobre a legitimidade das instituições sociopolíticas bem como da justificação de nossas ações; mas, sobretudo, a respeito das estruturas das instituições e práticas sociais orientadas à emancipação dos problemas sociais. Pretendo explicitar nesta pesquisa que o programa social “Mais IDH” é concebido como uma forma de vida social emancipatória na medida em que ele se constitui numa expressão socionormativa do “Social” cuja orientação à práxis se fundamenta na efetividade social (as condições mínimas de existência social).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Henrique Sousa Assai, Universidade Federal do Maranhão

Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com estágio sanduíche apoiado pela CAPES/PDSE na Europa Universität Flensburg Institut für Soziologie / European Studies. Docente em Filosofia no Curso de Licenciatura em Ciências Humanas na Universidade Federal do Maranhão.

Referências

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: EDUSP, 1996.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília, DF, 2018. 575p.

BRUNKHORST, Hauke. Solidarität: Von der Bürgerfreundschaft zur globalen Rechstgenossenschaft. 1.ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 2002. 246p.

BUFACCHI, Vittorio. Social Injustice: Essays in Political Philosophy. 1. ed. New York: Palgrave Macmillan, 2012. 202p.

CARDOSO, Letícia Conceição Martins. As mediações no bumba meu boi do Maranhão: uma proposta metodológica de estudo das culturas populares. 2016. 268 f. Tese (Doutorado em Comunicação Social) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, 2016.

DETEL, Wolfgang. Philosophie des Sozialen. Stuttgart: Reclam, 2013. 191p. (Grundkurs Philosophie Band 5).

FORST, Rainer et.al. (org.). Sozialphilosophie und Kritik. 1.ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 2009. 743p.

HABERMAS, Jürgen. Im Sog der Technokratie. 1.ed. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2013. 193p.

HABERMAS, Jürgen. Kommunikatives Handeln und detranszendentalisierte Vernunft. Stuttgart: Reclam, 2001. 87p.

HELFER, Inácio. Os bens sociais são sempre bens convergentes? Trans/Form/Ação, Marília, v.35, n.2, p.163 – 186, 2012.

HONNETH, Axel. Organized Self-Realization: Some Paradoxes of Individualization, European Journal of Social Theory, London, v. 7, n. 4, p. 463 – 478, 2004.

IKÄHEIMO, Heikki, LAITINEN, Arto. Recognition and Social Ontology. Leiden: Brill, 2011. 398 p.

INTERNATIONALE SOZIALPHILOSOPHISCHE TAGUNG “EMANZIPATION”, 2018, Berlin. Humboldt-Universität zu Berlin, 2018.

JAEGGI, Rahel, CELIKATES, Robin. Sozialphilosophie: Eine Einführung. München: C.H.Beck, 2017. 128p.

JAEGGI, Rahel. Kritik von Lebensformen. 2.ed. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2014. 451p.

JAEGGI, Rahel, WESCHE,Tilo (orgs.). Was ist Kritik? 3.ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2013. 375p.

JAEGGI, Rahel. Was ist eine (gute) Institution? In: FORST, Rainer et.al. (org.). Sozialphilosophie und Kritik. 1.ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 2009. p.528 – 544.

MARANHÃO (Estado). Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento. Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. Plano de Ação Escola Digna. Disponível em: < http://www.educacao. ma.gov.br/escola-digna/ >. Acesso em: 3 maio 2018.

MARANHÃO (Estado). Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento. Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. Plano de Ação Mais IDH. São Luís, 2015. 113p.

MARANHÃO (Estado). Secretaria de Educação. Caderno de Filosofia: Orientações curriculares para o ensino médio. São Luís, 2017. 62p.

PINZANI, Alessandro, REGO, Walquíria. Vozes do Bolsa Família: autonomia, dinheiro e cidadania. São Paulo: Unesp, 2013. 241p.

PINZANI, Alessandro, TONETTO, Milene C. (orgs.). Teoria Crítica e Justiça Social. Florianopólis: Nefiponline, 2012. 210p.

PINZANI, Alessandro, TONETTO, Milene C. (orgs.). Minimal Income as Basic Condition for Autonomy. Veritas: Ética e Filosofia Política, Porto Alegre, v.55, n.1, p.9 – 20, 2010.

RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça. Tradução Almiro Pisetta e Lenita Esteves. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 708p.

SCANLON, T. M. Preference and Urgency, The Journal of Philosophy, v.72, n. 19, Princeton, p. 655 – 669, 1975.

SEN, Amartya. The Idea of Justice. Cambridge: Harvard University Press, 2009. 467p.

STAHL, Titus. Immanente Kritik: Elemente einer Theorie sozialer Praktiken. Frankfurt am Main: Campus Verlag, 2013. 475p

STEMMER, Peter. Normativität: Eine ontologische Untersuchung. Berlin: De Gruyter, 2008. 370p.

WACQUANT, Loic. Three steps to a historical anthropology of actually existing neoliberalism. Social Anthropology, n. 20, p. 66–79, 2012.

WACQUANT, Loic. Três Etapas para uma antropologia histórica do neoliberalismo realmente existente. Tradução Renato Aguiar. Caderno CRH, Salvador, v. 25, n. 66, p. 505 – 518, set. – dez. 2012.

Arquivos adicionais

Publicado

2018-09-30

Como Citar

Assai, J. H. S. (2018). Filosofia Social e o “Mais IDH”: “Catirina” entre desencanto e emancipação. Aufklärung: Revista De Filosofia, 5(2), p.123–134. https://doi.org/10.18012/arf.2016.41958