A teoria da reminiscência em Agostinho: apropriação e crítica

Autores

  • Daniel Rodrigues da Costa Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v7i1.43911

Palavras-chave:

Reminiscência, Iluminação, Verdade, Preexistência

Resumo

Este artigo tem por objeto a recepção da teoria platônica da reminiscência em Agostinho e visa apresentar como o bispo de Hipona se apropria da tese de Platão para construir sua teoria da iluminação. Desde os textos fundamentais da teoria do conhecimento de Platão existe a discussão sobre a validade ou não da chamada reminiscência e qual seria seu verdadeiro conteúdo. Agostinho, séculos depois, se depara com o mesmo problema explorado por ele e necessita de uma resposta diferente: explicar conhecimentos presentes na alma não oriundos da experiência e, contudo, não oriundos da preexistência da alma. Iremos abordar, portanto, o movimento de recepção, crítica e apropriação de Agostinho para com a teoria platônica, bem como a resposta agostiniana para o problema a que Platão, segundo ele, não responde satisfatoriamente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniel Rodrigues da Costa, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG

Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Referências

AURELIUS AUGUSTINUS. Les Révisions. Traduzido do latim por Gustave Bardy. Paris: Desclée de Brouwer, 1950. 663 p. (Bibliothèque Augustinienne, 12).

________. Sobre a potencialidade da alma − De quantitade animae. Tradução de Aloysio Jansen de Faria. Petrópolis: Vozes, 1997.

________. Sobre o Mestre. Tradução de Angelo Ricci. São Paulo: Abril, 1973 (col.“Os Pensadores”, VI).

_______. Solilóquios. Tradução de Ir. Nair de Assis Oliveira. São Paulo: Paulinas, 1993.

PLATÃO. Tutti gli Scritti. Università Cattolica del Sacro Cuore di Milano: Rusconi, 1997, sesta edizione. A cura di Giovanni Reale.

ALFARIC, P. L’évolution intellectuelle de saint Augustin, l. Du manichéisme au

néoplatonisme. Paris: E. Nourry. 1918.

ALTMAN, W.H.F. The Revival of Platonism in Cicero's Late Philosophy. Platonis aemulus and the Invention of Cicero. p. xxxii + 350. Lanham, Boulder, New York and London: Lexington Books, 2016.

BEIERWALTES, W. Agostino e il neoplatonismo cristiano. [s.l]: Vita e Pensero, 1995.

BROWN, P. Santo Agostinho, uma biografia. [tradução Vera Ribeiro] – Rio de Janeiro: Record, 2005.

CAPANAGA, V. Augustin de Hipona, maestro de la conversión cristiana. Biblioteca

de autores cristianos. Madrid, 1974.

CAYRÉ, F. Initiation a la philosophie de saint Augustin. Paris, Études Augustiniennes, 1947.

CILLERUELO, L. “Por qué MemoriaDei?” In: Révue de études augustiniennes 9, 1963, p.289-294.

CORNFORD, F. La teoria platônica del conocimiento – el Teeteto y el Sofista. Buenos Aires: Paidós, 1968.

DIXSAUT, M. Platão e a questão da alma. [tradução Cristina de Souza Agostini]. – São Paulo: Paulus, 2017.

GILSON, E. Introdução ao estudo de Santo Agostinho. Tradução Cristiane Negreiros Ayoub. Discurso Editorial; São Paulo: Paulus, 2006.

HESSEN, Joannes. Teoria do conhecimento. Tradução de João Vergílio Gallerani Cuter. Revisão técnica de Sérgio Sérvulo da Cunha. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

MARROU, H. I. Saint Augustin et l’augustinisme, [s.l.] Maîtres spirituels, 1995.

SCOTT, D. Platonic anamnesis revisited. In: The Classical Quarterly 37 (ii) 346-366 (1987).

STREFLING, S. R. Os sete graus de atividade da alma humana no De quantitate animae de santo Agostinho.Trans/Form/Ação, Marília, v.37, n.3, p.179-200, Set./Dez., 2014.

Arquivos adicionais

Publicado

2020-06-07

Como Citar

Daniel Rodrigues da Costa. (2020). A teoria da reminiscência em Agostinho: apropriação e crítica. Aufklärung: Revista De Filosofia, 7(1), p.151–162. https://doi.org/10.18012/arf.v7i1.43911