Nietzsche e Sartre na encruzilhada: itinerários de filósofos andarilhos
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v9i1.60856Palavras-chave:
Nietzsche, Sartre, Liberdade, Vontade, AgirResumo
O objetivo desse artigo é mostrar pontos que unem e separam as trilhas filosóficas percorridas por Nietzsche e Sartre; assim, após uma breve passagem acerca da recepção de Nietzsche na França e, em particular, em torno das impressões de Sartre sobre o filósofo alemão, o artigo aborda a concepção de corporeidade desenvolvida pelos autores para, em seguida, refletir sobre a noção de agir decorrente desta concepção: se não somos comandados por um mecanismo racional-volitivo, o que move as ações humanas? A Liberdade, responderá Sartre; a Vontade de poder, diria Nietzsche. E se a filosofia nietzschiana clama para cada um fazer de si uma obra artística, Sartre atenta-se à situação circunscrita ao livre agir. Por fim, o artigo propõe um diálogo extemporâneo entre os filósofos-andarilhos em torno das correlações liberdade-responsabilidade e corpo-consciência para pensar tais questionamentos.
Downloads
Referências
BIERI, Andréa. Nietzsche em Sartre: o ‘homem só’. O que nos faz pensar, Rio de Janeiro, n. 38, 2016.
COHEN-SOLAL, Annie. Sartre – uma biografia. Tradução de Milton Persson. Porto Alegre: L&PM, 2008.
COLI, GIUBILATO, WEBER. Dossiê Nietzsche na Fenomenologia. Voluntas, v.12, n.1, jan/abril, 2021.
DA SILVA, Luciano Donizetti. Ética e Liberdade em Sartre: da negação da infância ao homem infantilizado. Curitiba: Appris, 2018.
DA SILVA, Luciano Donizetti. “Revisitando a Utopia: Sartre e o engajamento político-social da liberdade”. Revista Sísifo, n.5, v.1, 2017.
DA SILVA, Luciano Donizetti. “Conhecer e ser-no-mundo: uma questão epistemológica?”. Princípios, v.19, n.32, 2012.
DA SILVA, Luciano Donizetti. “Liberdade e destino: ensaio sobre o 'Les jeux sont faits', de Sartre”. Sísifo, n.3, v.1, 2016.
DA SILVA, Luciano Donizetti. “Ser-no-mundo, liberdade e negatividade: Sartre, Merleau-Ponty e o rochedo”. Temas de Ética e Epistemologia. Teresina: EDUFPI, 2011.
FREZZATTI Jr., Wilson Antonio. “A recepção de Nietzsche na França: da Revue philosophique de la France et de l’Étranger ao período entreguerras”. Cadernos Nietzsche n. 30, USP, 2012.
LE RIDER, Jacques. “Nietzsche en France. De la fin du XIXe siècle au temps présent”. Paris, PUF, 1999.
MARTON, Scarlett. “Sartre: ontologia e historicidade”. O que nos faz pensar, n. 38, PUC-Rio, 2007.
MARTON, Scarlett. Nietzsche, um ‘francês’ entre franceses. Coleção Sendas & Veredas. São Paulo: Editora Barcarolla/Discurso Editorial, 2009.
NIETZSCHE, F. O Nascimento da Tragédia – helenismo ou pessimismo. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Cia das Letras, 2000.
NIETZSCHE, F. A Gaia Ciência. Trad. Paulo C. Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2004.
NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo, Cia das Letras, 2004a.
NIETZSCHE, F. Aurora – reflexões sobre os preconceitos morais. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo, Cia das Letras, 2004b.
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra. Trad. Mário da Silva. RJ: Civilização Brasileira, 2005.
NIETZSCHE, F. Além do Bem e do Mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. Trad. Paulo C. Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2005a.
NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos Ídolos – ou, como filosofar com o martelo. Trad. Marco Antonio Casa Nova. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2000.
NIETZSCHE, F. Ecce Homo – como alguém se torna o que é. Trad. P. C. Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2004c.
NIETZSCHE, F. Fragmentos póstumos/Outros escritos. Tradução: Rubens R. Torres Filho. Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1983.
NORBERTO, Marcelo. Nietzsche e Sartre: bárbaros da modernidade. Cadernos Nietzsche, n. 29, São Paulo, 2011.
SARTRE, J-P. O Ser e o Nada - Ensaio de Ontologia Fenomenológica. 20ª ed. Trad. Paulo Perdigão. Petrópolis: Vozes, 1997.
SARTRE, J-P. “O Existencialismo é um Humanismo”. Textos escolhidos (por José Américo Motta Pessanha). Trad. Vergílio Ferreira, Luiz R. S. Fortes, Bento Prado Jr. Os Pensadores. SP: Abril Cultural, 1978.
SARTRE, J-P. As Palavras. Tradução de J. Guinsburg. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
SARTRE, J-P. Diário de uma Guerra Estranha: novembro de 1939, março de 1940. Tradução de Aulyde Soares Rodrigues. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.
SARTRE, J-P. «_Une defáite_». Écrits de Jeneuse. Michel CONTAT & Michel RYBALKA. Paris, Gallimard, 1990.
SARTRE, J-P. Cahiers pour une morale. Paris, Gallimard, 1983.
SARTRE, J-P. Crítica da Razão Dialética. Tradução de Guilherme J. F. Teixeira; apresentação Gerd Borheim. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
SILVA, Claudinei A. F. “A profundidade abissal: Nietzsche, Cézanne, Merleau-Ponty e o enigma do mundo”. Revista Voluntas, v.12, n.1, 2021.
VERBAERE, Laure. “L'histoire de la Réception de Nietzsche en France - Bilan critique”. Revue de littérature comparée, n. 306, 2003/2
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Política de Direito Autoral para os itens publicados pela Revista:
1.Esta revista é regida por uma Licença da Creative Commons aplicada a revistas eletrônicas. Esta licença pode ser lida no link a seguir: Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
2.Consonante a essa politica, a revista declara que os autores são os detentores do copyright de seus artigos sem restrição, e podem depositar o pós-print de seus artigos em qualquer repositório ou site.
Política de Direito de Uso dos Metadados para informações contidas nos itens do repositório
1. Qualquer pessoa e/ou empresa pode acessar os metadados dos itens publicados gratuitamente e a qulquer tempo.
2.Os metadados podem ser usados sem licença prévia em qualquer meio, mesmo comercialmente, desde que seja oferecido um link para o OAI Identifier ou para o artigo que ele desceve, sob os termos da licença CC BY aplicada à revista.
Os autores que têm seus trabalhos publicados concordam que com todas as declarações e normas da Revista e assumem inteira responsabilidade pelas informações prestadas e ideias veiculadas em seus artigos, em conformidade com a Política de Boas Práticas da Revista.