Sobre a possibilidade de um diálogo entre Jean-Jacques Rousseau e Arthur Schopenhauer através da escrita: do sentimento natural de piedade à ética da compaixão
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v12i1.72760Palavras-chave:
Rousseau, Schopenhauer, Escrita, Piedade, CompaixãoResumo
Este artigo objetiva estabelecer uma aproximação entre a escrita autobiográfica de Jean-Jacques Rousseau e a teoria crítica da escrita de Arthur Schopenhauer pelo viés da moral. A metodologia aplicada nesta pesquisa é a de análise crítica de referências bibliográficas. A problemática gira em torno da escrita autobiográfica de Rousseau e da teoria crítica da escrita de Schopenhauer, compreendendo que ambos tinham a intenção de afastar falsas opiniões, censuras e descréditos com os quais tiveram que lidar em suas respectivas épocas. Entende-se que, por meio da escrita, os filósofos denunciavam os males que sofreram, o que permitirá compreender que a filosofia moral de ambos é fundamental para a continuidade de suas produções. A partir desse contexto, constatamos que a relação entre o sentimento de piedade e compaixão explica a razão de ambos continuarem a denunciar os males e vícios das sociedades nas quais estavam inseridos. Para tanto, avaliaremos as diferentes nuances desses conceitos morais e como eles funcionam no processo de identificação com a condição daqueles que estão em estado de sofrimento.
Downloads
Referências
BARBOZA, Jair. Schopenhauer. Coleção Filosofia – Passo a Passo. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
CACCIOLA, Maria Lúcia. A filosofia universitária:Schopenhauer educador.Discurso, v. 41, n. 41, p. 09-28. 2011. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/discurso/article/view/68363. Acesso em: 01 out. 2024.
CARPEAUX, Otto Maria. A história concisa da literatura alemã. São Paulo: Faro Editorial, 2013.
CASSIRER, Ernest. A questão Jean-Jacques Rousseau. Tradução de Erlon Jose Paschoal, Jézio Gutierre. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
FAÇANHA, Luciano da Silva._Poética e estética em Rousseau: corrupção do gosto, degeneração e mímesis das paixões.2010. 530 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Departamento de Filosofia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=185854. Acesso em: 30 jun. 2020.
GUINSBURG, J. O romantismo. São Paulo: Editora Perspectiva, 2005.
JANAWAY, C. Schopenhauer. Tradução de Adail Ubirajara Sobral. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
LEFRANC, Jean. Compreender Schopenhauer. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.
PISSARRA, Maria Constança P. 2017. Jean-Jacques Rousseau e a noção de pitié. Educativa. Goiânia, v. 20, n. 1, p. 24-38, jan./abr. 2017. Disponível em: http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/educativa/article/view/5861. Acesso em: 29 Out. 2020.
PRADO JR, Bento. A retórica de Rousseau e outros ensaios. Tradução de Cristina Prado. Franklin de Matos (Org.). São Paulo: Cosac Naify, 2008.
ROGER, Alain. Vocabulário de Schopenhauer. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. As confissões. Tradução de Wilson Lousada. São Paulo: Martin Claret, 2011.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social;Ensaio sobre a origem das línguas; Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens; Discurso sobre as ciências e as artes; Prefácio de Narciso ou o amante de si mesmo. Tradução de Lourdes Santos Machado. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da educação. Tradução de Sergio Milliet. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Ensaio sobre a origem das línguas: em que se fala da melodia e da imitação musical. Tradução de Fúlvia. M. L. Moretto. Editora da Unicamp, 2008.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Os devaneios do caminhante solitário. Tradução de Laurent de Saes. São Paulo: Edipro, 2017.
SAFRANSKI, R. Os anos mais selvagens da filosofia. Tradução de Willian Lagos. São Paulo: Geração editorial, 2012.
SALINAS FORTES, Luiz Roberto. O iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981.
SARTRE, Jean-Paul. Que é a literatura? Tradução de Carlos Felipe Moises. São Paulo: Ática, 2004.
SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre a filosofia e seu método. Tradução de Flamarion C. Ramos. São Paulo: Hedra, 2010.
SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre o fundamento da moral. Tradução de Maria Lúcia Oliveira Cacciola. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SCHOPENHAUER, Arthur. A arte de escrever. Organização de Pedro Süssekind. Porto Alegre: L&PM, 2015a.
SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Tradução de Jair Barboza. São Paulo: Unesp, 2015b.
STAROBINSKI, Jean. Jean-Jacques Rousseau: a transparência e o obstáculo; seguido de sete ensaios sobre Rousseau. Tradução de Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
VENTO, Marisa Alves. O Estatuto da Pitié nas Obras de Rousseau. Trans/Form/Ação, Marília, v. 38, p. 153-162, 2015. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/5383/3752. Acesso em: 01 out. 2024.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Política de Direito Autoral para os itens publicados pela Revista:
1.Esta revista é regida por uma Licença da Creative Commons aplicada a revistas eletrônicas. Esta licença pode ser lida no link a seguir: Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
2.Consonante a essa politica, a revista declara que os autores são os detentores do copyright de seus artigos sem restrição, e podem depositar o pós-print de seus artigos em qualquer repositório ou site.
Política de Direito de Uso dos Metadados para informações contidas nos itens do repositório
1. Qualquer pessoa e/ou empresa pode acessar os metadados dos itens publicados gratuitamente e a qulquer tempo.
2.Os metadados podem ser usados sem licença prévia em qualquer meio, mesmo comercialmente, desde que seja oferecido um link para o OAI Identifier ou para o artigo que ele desceve, sob os termos da licença CC BY aplicada à revista.
Os autores que têm seus trabalhos publicados concordam que com todas as declarações e normas da Revista e assumem inteira responsabilidade pelas informações prestadas e ideias veiculadas em seus artigos, em conformidade com a Política de Boas Práticas da Revista.