Considerações sobre a ação como negociação

Autores

  • Diogo Bogéa Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ
  • Marcio Francisco Teixeira de Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v7i3.52011

Palavras-chave:

Ação, Negociação, Circunstâncias

Resumo

Nosso objetivo neste artigo é investigar as possibilidades de pensar o conceito de “ação” aproximando-o da noção de “negociação”, retomando assim o próprio significado da palavra práxis. Partimos de uma crítica da noção arendtiana de ação como “iniciativa”, apontando suas bases metafísicas. Procurando nos distanciar de uma compreensão de “ação” muito presa à tradicional metafísica da subjetividade, isto é, a ação como livre-iniciativa de um sujeito racional e consciente, recorremos a Espinosa e Ortega y Gasset. As noções de afetividade e de circunstância, no sentido amplo em que tais pensadores as empregam, nos ajudam a pensar a “ação” como negociação entre multiplicidades de circunstâncias que se afetam mutuamente de muitas maneiras. Por fim, exploramos algumas consequências ético-políticas de uma tal concepção de ação.

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Biografia do Autor

Diogo Bogéa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ

Professor de Filosofia na Faculdade de Educação da UERJ. Doutor e Mestre em Filosofia pela PUC-Rio. Graduado em História pela UERJ-FFP.

Marcio Francisco Teixeira de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ

Professor de Filosofia na Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ. Mestre em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ.

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Arquivos adicionais

Publicado

2020-12-04

Como Citar

Bogéa, D., & Oliveira, M. F. T. de. (2020). Considerações sobre a ação como negociação. Aufklärung: Revista De Filosofia, 7(3), p.57–68. https://doi.org/10.18012/arf.v7i3.52011

Edição

Seção

Artigos