Não há “ciência normal” para nós: desafios de uma putafeminista
DOI :
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2020v30n1.51620Mots-clés :
Putafeminismo, Narratividade, Gênero, Trabalhadoras sexuaisRésumé
Neste ensaio debato a respeito das dificuldades em realizar uma pesquisa de metodologia feminista quando se é uma pesquisadora e trabalhadora sexual, que se inspira no putafeminismo como perspectiva principal para construção de um trabalho sobre putas e com putas. Para isso, tenciono e exponho minhas convergências e divergências com algumas perspectivas feministas sobre a prostituição, e apresento os passos que segui para realização de uma pesquisa putafeminista. Realizo discussões junto a diferentes teóricas feministas e ao filósofo Walter Benjamin, a fim de retratar como traduzi os saberes da zona para academia, bem como, afirmar o foco principal da construção da pesquisa que fora a acepção de que putas também podem ser agentes de conhecimento.