Marguerite Duras e a autoficção construída pela reescritura

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Palavras-chave:

Marguerite Duras, Autoficção, Literatura, Século XX

Resumo

Ao longo das últimas décadas, diversos estudos acadêmicos dedicaram-se a refletir sobre os aspectos autobiográficos da obra de Marguerite Duras, particularmente de O amante que, desde a sua publicação, em 1984, tem recebido diferentes rótulos, como autobiografia, romance autobiográfico e autoficção. Entendemos que os possíveis aspectos autobiográficos do romance não podem ser analisados isoladamente. No percurso de escrita de Marguerite Duras, os textos remetem uns aos outros, em um processo singular de intertextualidade do qual emerge a figura de um eu comum ao conjunto desses textos. Pensar, portanto, em escrita de si ou em autoficção na obra de Duras faz sentido quando se considera o processo de reescritura, tão característico da produção da autora. No presente artigo, a partir do suporte de teóricos da autobiografia e da autoficção, temos por objetivo analisar a construção desse sujeito que diz eu no universo ficcional durassiano, construído pela reescritura que permite interpretar como autoficção a relação entre os textos e não um texto isolado.

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Biografia do Autor

Andréa Correa Paraiso Müller, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Doutora em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Estudos Literários pela Unesp. Professora de Língua e Literatura Francesas na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e docente permanente do Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem da mesma instituição.

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Publicado

30.01.2020