Reflexos da escrita de si em crônica de Tarsila do Amaral
Palavras-chave:
Tarsila do Amaral, Crônica, Escrita de si, Autoria feminina, Imprensa brasileiraResumo
O presente artigo propõe uma análise da produção cronista de Tarsila do Amaral (1886-1973), uma das figuras centrais da arte brasileira no século XX, em aproximação com a escrita de si e a presença feminina na imprensa brasileira. Para isso, tomamos como foco o texto “Tragédia parisiense”, publicado em 1937 pela artista plástica nos periódicos Diário de S. Paulo e O Jornal, acreditando que a autora utiliza o exercício da memória como interessante artifício de atração e envolvimento de seus leitores. Dessa forma, para embasar o nosso estudo, valemo-nos de Amaral (2001; 2003), Candido (1992), Figueiredo (2013) e Gomes (2004), entre outros, assimilando aspectos da representação autobiográfica e avaliando seus desdobramentos na tessitura da crônica tarsiliana.
Downloads
Referências
AMARAL, A. Introdução: Tarsila cronista. In: AMARAL, A. Tarsila cronista. São Paulo: Edusp, 2001.p. 13-43.
_______. Tarsila: sua obra e seu tempo. São Paulo: Editora 34, 2003.
AMARAL, T. Tragédia parisiense. In: O Jornal. Rio de Janeiro, 27 jun. 1937. Ano XIX, n. 5532. p. 8.
BARBOSA, S. F. P. Jornal e literatura: a imprensa brasileira no século XIX. Porto Alegre: Nova Prova, 2007.
BRANDINI, L. T. (Org.). Crônicas e outros escritos de Tarsila do Amaral. Campinas - SP: EdUnicamp, 2008.
CANDIDO, A. A vida ao rés do chão. In: CANDIDO, A. et al. A crônica: o gênero, sua fixação e sua transformação no Brasil. Campinas: Unicamp, 1992.p. 13-22.
CAMPOS, A. (Org.). Pagu: vida e obra. Companhia das Letras: 2014.
CRUZ, H. F. São Paulo em papel e tinta: periodismo e vida urbana-1890-1915. São Paulo: Educ/Fapesp/Arquivo do Estado de São Paulo/Imprensa Oficial de São Paulo, 2000.
DUARTE, C. L. Imprensa feminina e feminista no Brasil: século XIX – Dicionário ilustrado. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.
ELEUTÉRIO, M. L. Vidas de romance: as mulheres e o exercício de ler e escrever no entresséculos (1890-1930). Rio de Janeiro: Topbooks, 2005.
FIDÊNCIO, L. M. Autobiografia ao correr da máquina: a escrita de si na crônica de Clarice Lispector. Dissertação [Mestrado em Letras]. Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Uberlândia - MG: 2011. Disponível em: <https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/11823/1/D.pdf>. Acesso em: 17 mai. 2019.
FIGUEIREDO, E. Formas e variações autobiográficas. A autoficção. In: FIGUEIREDO, E. Mulheres ao espelho: autobiografia, ficção, autoficção. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013. p. 13-74.
GOMES, A. C. Escrita de si, escrita da história: a título de prólogo. In: GOMES, A. C. (Org.). Escrita de si, escrita da história. Rio de Janeiro: FGV, 2004. p. 7-24.
LEJEUNE, P. O pacto autobiográfico: de Rousseau à internet. Belo Horizonte: EdUFMG, 2008.
MOISÉS, M. A criação literária: prosa. São Paulo: Cultrix, 1978.
MUZART, Z. L. Uma espiada na imprensa das mulheres no século XIX. In: Revista Estudos Feministas. CFH/CCE/UFSC. Vol. 11, n. 1, 2003. p. 225-233.
OLIVEIRA, V. V. Machado de Assis e os neologismos de Castro Lopes: reflexões linguísticas em crônicas de Bons Dias! Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras). Universidade Federal da Paraíba. Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas. João Pessoa: 2015.
PINTO, C. R J. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: F. Perseu Abramo, 2003.
RIBEIRO, J. A. Literatura na imprensa. Goiânia: PUC-Goiás, 2012.
SÁ, J. A crônica. São Paulo: Ática, 1985. (Série Princípios)
TELLES, N. Escritoras, escritas, escrituras. In: PRIORI, M. del (Org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto; UNESP, 1997. p. 356-370.