Contribuições do estudo das relações étnico-raciais para a formação inicial de professores/as de Ciências e Biologia
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2022v31n3.64621Palavras-chave:
Antirracismo. Formação docente. Ensino de Ciências e Biologia. UFRPE.Resumo
A presente pesquisa analisa as concepções de Docentes-Formadores/as que atuam em um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas de uma universidade pública federal do Nordeste do Brasil acerca das contribuições do estudo das Relações Étnico-Raciais para a formação inicial de professores/as de Ciências e Biologia. Para isso recorremos à pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo Estudo de Caso Intrínseco, cujos dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e submetidos à técnica de Análise de Conteúdo. Os resultados apontam que as principais contribuições transitam no processo de entender o papel das Ciências Biológicas na legitimação do racismo; na fundamentação e sensibilização da formação docente frente às relações étnico-raciais; no processo de reinventar a concepção de história do Brasil; e no movimento de descolonização da Biologia racionalista e elitista.
Downloads
Referências
ABPN - Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as. FTS - Fundação Tide Setúbal. Sistematização de argumentos sobre a Lei de Cotas [recurso eletrônico]. São Paulo. 2022.
ALMEIDA, Silvio Luiz. Racismo Estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Editora Jandaíra, 2020.
BANIWA, Gersem. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: MEC/Secad: Museu Nacional/UFRJ, 2006.
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Tradução Luis Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF: MEC, 2004.
CACHAPUZ, António. et al. A necessária renovação do Ensino das Ciências. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2011.
CAVALCANTI, Glória Maria Duarte. Aproximações e distanciamentos na formação inicial e na prática docente de professores que ensinam Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 202 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências, Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2020.
COELHO, Mauro Cezar; COELHO, Wilma de Nazaré Baía. Educação para as Relações Étnico-Raciais e a formação de professores de História nas novas diretrizes para a formação de professores! Educar em Revista, v. 37, p. 1-25, 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa. 43. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro educador: Saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
GOMES, Nilma Lino. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Revista Currículo sem Fronteiras, v. 12, n. 1, p. 98-109, 2012.
MENDES, Leonel Vicente et al., A formação de professores: uma necessidade para o ensino das relações étnico-raciais na educação básica pós-pandemia. In: SANTOS, Nágila Oliveira; MORAES, Jean Gustavo Oliveira; NAZARETH, Henrique Dias Gomes (Orgs.). Mambu: Educação para as Relações Étnico-Raciais. Rio de Janeiro: Pachamama, 2021, p. 141-152.
MULLER, Tânia Mara Pedrosa; COELHO, Wilma de Nazaré Baía. A lei nº 10.639/03 e a Formação de Professores: trajetória e perspectivas. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), v. 5, n. 11, 2013, p. 29-54.
NASCIMENTO, Fabrício; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo. O Ensino de Ciências no Brasil: história, formação de professores e desafios atuais. Revista HISTEDBR On-line, n. 39, p. 225-249, 2010.
OLIVEIRA, Maria Marly. Como fazer Pesquisa Qualitativa. Petrópolis-RJ: Editora Vozes, 2007.
PINHEIRO, Bárbara Carine Soares. @Descolonizando_Saberes: Mulheres Negras na Ciência. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2020. (Coleção formação de professores & relações étnico-raciais).
PINHEIRO, Bárbara Carine Soares. História Preta das Coisas: 50 invenções científico-tecnológicas de pessoas negras. 1. ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2021. - (Culturas, direitos humanos e diversidades na educação em ciências).
SILVA, Joaklebio Alves. Educação Étnico-Racial Crítica para o ensino de Ciências: descolonizando caminhos na formação inicial de professoras e professores de Biologia. 2022. 284 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
SILVA, José Antonio Novaes. Biologia Celular, Educação Antirracista e Currículo Decolonial: experiências didáticas inovadoras na formação inicial no curso de ciências biológicas. Revista Exitus, v. 10, p. 01-32, 2020.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Educação, ano XXX, n. 3 (63), 2007, p. 489-506.
UFRPE. Resolução nº 217 de 25 de setembro de 2012 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal Rural de Pernambuco que estabelece a inclusão do componente curricular Educação das Relações Étnico-raciais nos currículos dos Cursos de Graduação da UFRPE. Sala dos Conselhos da UFRPE, 2012.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Formação de professores para a Educação Superior e a diversidade da docência. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 14, n. 42, p. 327- 242, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Temas em Educação
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).