(Re)Imaginando as juventudes:

disputas curriculares para adiar o fim do mundo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68690

Palavras-chave:

Youth; Curricula; Everyday life; (Re)imagination.

Resumo

Adiar o fim do mundo tem sido um desafio político e ético diante de um mundo em crise com guerras, mudanças climáticas, crises sanitárias etc. Dessa forma, como podemos (re)imaginar os sentidos de futuro para/com as juventudes? Como disputar sentidos curriculares para adiar o fim do mundo? Qual o futuro da escola? São muitas as inquietações que trazem o presente artigo. Objetivamos problematizar as relações de saber e poder vivenciadas nas disputas curriculares diante das subjetividades presentes nas/com as juventudes nos currículos. Metodologicamente trabalhamos com as narrativas juvenis, pautadas em inventários do saber, para tecer reflexões sobre a condição juvenil no mundo atual. As teorizações estão pautadas no campo curricular em diálogo com os cotidianos e a interseccionalidade. À guisa de conclusão, compreende-se o cotidiano e as análises via interseccionalidade como encruzilhadas possíveis que nos possibilitam gerar novos sentidos de curriculares com as juventudes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Allan Carvalho Rodrigues, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Campi São Gonçalo -RJ. Departamento de Educação. Programa de Pós Graduação em Educação.

Luis Paulo Borges

Professor Adjunto atuando na Educação Básica no Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CAp-UERJ). Formado em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Graduado em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ). Especialista em Relações Étnico-raciais e Educação: uma proposta de (re)construção do imaginário social pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/ RJ). Mestre em Educação pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP/UERJ) e Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ProPEd-UERJ). Coordenador do GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA (RE)IMAGINAÇÃO DA ESCOLA E DO FUTURO com as infâncias e juventudes (GEPRIF). Membro do GT 14 (Sociologia da Educação) da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) e da Associação sobre Juventude Brasileira (Rede JUBRA). Também é bolsista no Programa de Incentivo à Produção Científica, técnica e artística (PROCIÊNCIA) no período 2022-2025. Atua, principalmente, com os seguintes temas: sociologia e antropologia da educação; conhecimento e cultura escolar; vozes dos estudantes; políticas de futuridade; infância e juventude; relações étnico-raciais; etnografia em educação; alteridade; currículo/didática e diferença.

Referências

AKOTIRENE, C. O que é Interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento; Justificando, 2018.

ALVES, N. Redes educativas ‘dentrofora’ das escolas, exemplificadas pela formação de professores. Simpósio: Currículo e cotidiano escolar. XVI ENDIPE: Belo Horizonte, 20 a 23 de abril de p. 1-13, 2010.

ALVES, N. Decifrando o pergaminho – os cotidianos das escolas nas lógicas das redes cotidianas. OLIVEIRA, I. B. & ALVES, N. (orgs). Pesquisa nos/dos/com os cotidianos das escolas. Petrópolis, RJ: DP et Alii, 3.ed, p. 15-39, 2008.

ARROYO, M. G. Currículo, território em disputa. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2017.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 510, de 7 de abril de 2016. Trata sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa em ciências humanas e sociais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 maio de 2016.

BORGES, L.P.C. O futuro da escola: uma etnografia sobre a relação dos jovens com o conhecimento escolar. 2018. 151 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.

CANÁRIO, R. A escola tem futuro? Das promessas às incertezas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

CERTEAU, M. de. A Invenção do cotidiano 1: artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

COSTA, M.V. A escola tem futuro? 2.ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.

CHARLOT, B. Rapport au savoir en milieu populaire. Une recherche dans les lycées professionnels de banlieue. Paris: Anthropos, 1999. 390p.

CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos feministas. Santa Catarina, v. 10, n. 1, p. 171-188, 1. sem. 2002.

DAYRELL, J. A juventude no contexto do ensino da sociologia: questões e desafios. IN: Sociologia: ensino médio (Coleção Explorando o Ensino). 1ed.Brasilia: MEC Secretaria de Educação Básica, 2010, v. 15, p. 65-85.

DAYRELL, J. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 28, n. 100, especial, p. 1105-1128, 2007.

DAYRELL, J. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, n.24, p. 40-52, 2003.

FERRAÇO, C. E. Currículos e conhecimentos em rede. In: ALVES, N.; GARCIA, R. L. (Org.). Os sentidos da escola. 5. ed. Rio de Janeiro: DP et Alii, p. 101-124, 2008.

GARCIA, A. Currículo: sobre sentidos e produções cotidianas. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo. et al. (Orgs.). Diferentes perspectivas de currículo na atualidade. Petrópolis: DP et alii, 2015. v. 1, p. 289-304.

GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje. ANPOCS, p.223-244, 1984.

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

KRENAK, A. A vida não é útil. Companhia das Letras, 2020.

MBEMBE, A. Necropolítica. 3.ed. São Paulo: n.1 edições, p.80, 2018.

MIGUEL, A. M. Laço da laje: jovens produtores de cultura. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação, da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, p. 79, 2013.

OLIVEIRA, I. B. O Currículo como criação cotidiana. Petrópolis, RJ: DP et Alli, 2012.

PAIS, J. Buscas de si: expressividades e identidades juvenis. In: ALMEIDA, M. I. M; EUGENIA, F. (Orgs.) Culturas jovens: novos mapas do afeto. Rio de Janeiro: Zahar, p. 07-24, 2006.

SÜSSEKIND, M. L. Conversas complicadas com os currículos e os cantos dos estados-nação. Revista Momento-Diálogos em Educação, v. 28, p. 277-286, 2019.

Downloads

Publicado

2024-05-16

Como Citar

RODRIGUES, A. C.; PAULO BORGES, L. . (Re)Imaginando as juventudes: : disputas curriculares para adiar o fim do mundo. Revista Temas em Educação, [S. l.], v. 33, n. 1, p. e-rte331202433, 2024. DOI: 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68690. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rteo/article/view/68690. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Quais juventudes querem os currículos? Quais currículos querem as juventudes?