O corpo que escreve: Virginia Woolf tateando o indizível
Palabras clave:
Virginia Woolf, Jean-Luc Nancy, Escrita, CorporeidadeResumen
“Ficção moderna”, texto que Virginia Woolf incluiu em sua coletânea The Common Reader, de 1925, foi editado pela autora a partir de seu “Modern novels”, publicado em 10 de abril de 1919 no Times Literary Supplement. Nesse intervalo, Ulysses (1922), de James Joyce, autor citado por Woolf em ambos os textos, foi publicado. A escrita de Joyce, exato contemporâneo de Woolf, é citada pela autora em sua argumentação, em meio a elogios e contestações que fundamentam sua defesa: não há “o” método de escrita ficcional. Em suas ponderações, Woolf examina a percepção da realidade por quem escreve. Suas reflexões — cujo centro é, evidentemente, a prosa de seu tempo — voltam-se, assim, aos atos mentais necessários ou pertinentes à escrita. Woolf não se limita ao âmbito mental, isolado do corpóreo; ao contrário, a escritora reflete sobre habitar/ser um corpo que escreve. Relembrando Jean-Luc Nancy, filósofo recém-falecido em 2021, este artigo propõe coletar as reflexões sobre escrita e corporeidade em Virginia Woolf. Além de “Ficção moderna”, são citados “A torre inclinada”, “Craftsmanship”, “Sobre estar doente” e outros, além de Corpus, de Nancy.