A maternidade e o Feminismo Interseccional debatido no canal de podcast Mamilos
DOI :
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2021v31n1.58478Mots-clés :
Pedagogias Culturais. Educação. Feminismo. Feminismo Interseccional.Résumé
Neste artigo, analisamos a produção cultural de representações sobre maternidade, valendo-nos dos aportes do chamado Feminismo Interseccional, a partir de discussões ocorridas em um programa do canal de podcast Mamilos. Nossa proposta é a revisitação do material coletado em uma dissertação de mestrado produzida em uma linha de pesquisa atrelada às práticas pedagógicas enfocando aqui aspectos relacionados ao Feminismo Interseccional. Argumentamos que os sujeitos aprendem a ser quem são na interação com diversos artefatos de mídia, embasadas por autoras e autores de estudos conduzidos nos Estudos Culturais, como Giroux (2003), Kincheloe & Steinberg (2004), e mais recentemente por Camozzato & Costa (2013), Camozzato (2014), Camozzato; Carvalho; Andrade (2016), que têm dedicado seu tempo ao estudo das chamadas pedagogias culturais, potente ferramenta de análise. Após voo panorâmico, no qual apresentamos brevemente a pesquisa original, apontamos alguns dos direcionamentos revistos, salientando-se que esta revisão colocou em diálogo conceitos dos Estudos Culturais com as perspectivas teóricas do Feminismo Interseccional, amparadas por Lugones (2020), Curiel (2020), Audre Lordee (2019) e bell hooks (2013) entre outros. Ao longo do diálogo entre as mulheres convidadas para conversar em um programa cujo tema central era a maternidade foram focalizados aspectos relativos ao papel social das mulheres, à noção de Feminismo Interseccional e à violência. Buscamos ver como o programa opera como uma pedagogia cultural, colaborando para as construções de representações de maternidade. Consideramos, então, que debruçar-se sobre as pedagogias culturais que vêm construindo a criação de estereótipos discriminatórios e cruéis em filmes, quadrinhos, na literatura etc., talvez seja uma ferramenta com a qual possamos contar para revertê-las.